Fãs de 'Star Wars' ficam órfãos de sua musa

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
27/12/2016 às 19:19.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:14

A Força sofreu um grande abalo ontem, com a morte de Carrie Fisher, atriz que entrou para a iconografia de “Star Wars” ao interpretar a Princesa Leia. No vocabulário dessa que é uma das maiores franquias do cinema de todos os tempos, a Força é um poder metafísico que muda de acordo com os sentimentos de todos os seres vivos. E desde a última sexta-feira, quando Carrie, de 60 anos, foi hospitalizada de urgência, após sofrer um ataque cardíaco em pleno voo, entre Londres e Los Angeles, o sentimento que prevalece agora é de tristeza. Leia é um personagem fundamental dentro do universo de “Star Wars”, filha de ninguém menos do que Darth Vader. Além de participar do grupo de rebeldes, liderados ainda por Luke Skywalker (Mark Hammill) e Han Solo (Harrison Ford), na primeira trilogia da franquia, lançada em 1977, Leia voltou à série no ano passado, em “O Despertar da Força” (sétimo episódio), que abre uma nova trilogia, com os personagens mais velhos. 

É difícil imaginar que não use uma foto daquela garotinha fofa de rosto redondo com um coque bobo de cada lado de sua cabecinha inexperiente”


Carrie, sobre seu obituário Carrie já teria filmado parte das cenas do oitavo episódio, previsto para dezembro de 2017. Mas a grande incógnita agora é sobre o desfecho. Embora a história ainda não tenha sido divulgada, alguns fãs e jornalistas apostam suas fichas no uso de efeitos digitais para recriar Leia, algo que foi feito em “Star Wars: Rogue One”. Transtorno bipolarFilha da atriz Debbie Reynolds, Carrie teve na princesa seu maior papel. Após o lançamento de “O Retorno de Jedi” (1983), em que veste um biquini futurista, ganhou status de musa. Recentemente, ao lançar a autobiografia “The Princess Diarist”, revelou que teve um caso com o então casado Ford na época das filmagens do primeiro longa. Apesar do sucesso, a vida de Carrie não foi fácil, conhecendo o mundo do entretenimento pela porta dos fundos. Aos três anos, viu a separação de Debbie e seu pai, Eddie Fisher virar um escândalo, após ele trocar a mãe por Elizabeth Taylor. Em seus livros, pôs para fora esse lado podre, admitindo ser cocainômana e viciada em antidepressivos. Portadora de transtorno bipolar, ela chegou a ser internada em 1985, devido à overdose de remédios, episódio que é contado em seu livro “Lembranças de Hollywood”, mais tarde transformado em filme. Entre outros trabalhos que fez para o cinema, atuou em “Hannah e suas Irmãs” (1986), de Woody Allen, e “Harry & Sally – Feitos um para o Outro” (1989).

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