Fernanda Takai apresenta mais recente lavra de sua carreira solo

Serenidade parece ser uma espécie de palavra-chave para Fernanda Takai. À frente do Pato Fu – banda que se consagrou como uma das mais criativas do Brasil – a mineira de coração (porém nascida no Amapá) decidiu, em 2007, aventurar-se em carreira solo. De lá pra cá, lançou álbum dedicado ao repertório defendido por Nara Leão e até se aventurou em um disco bilíngue, com o ex-guitarrista do Police, Andy Summers.

Agora, a bordo de seu quarto disco solo, que apresenta hoje ao público mineiro, Fernanda experimenta uma diversidade de linguagem singular em sua carreira e diz que seus shows devem funcionar como uma celebração da música.

Lançado em março último, “Na Medida do Impossível” é o trabalho mais autoral de Fernanda Takai. É um disco suave e também paciente. Esperou o término da Copa do Mundo e das eleições para se colocar na estrada. “Não tenho mais pressa. Hoje, prefiro que o disco fique conhecido, tenha clipe, para só depois fazer shows. É mais gostoso para mim e para a audiência”, diz Takai, justificando a espera dos fãs para ouvir o álbum ao vivo.

Acompanhada, no show, por Lenis Rino na bateria, Lulu Camargo nos teclados e gaita, Tiago Borba na guitarra e Larissa Horta no baixo, Takai, que assume o violão, também conta que a versatilidade musical do disco estará presente nas apresentações. “Amar Como Jesus Amou”, inesperado dueto com o Padre Fábio de Melo, por exemplo, ganhou arranjo do japonês Toshiyuki Yasuda, especialista em sonoridade similar à de jogos eletrônicos. O álbum traz, ainda, “Doce Companhia”, uma versão em português para uma música da cantora mexicana Julieta Venegas. Samuel Rosa, Marina Lima, Pitty e Zélia Duncan também são alguns dos parceiros dessa nova e inventiva miscelânea musical de Fernanda Takai.

“Foi quase como um sonho reunir esse tanto de gente. Neste disco, alcancei todas as metas. Esse título (‘Na Medida do Impossível’) tem a ver com isso, de você avançar nos seus limites”.

O curioso é que o trabalho acontece quase ao mesmo tempo em que o Pato Fu lança o décimo disco da banda, o pesado e dançante “Não Para pra Pensar”. Aos fãs da banda, Takai deixa uma mensagem tranquilizadora: o Pato Fu não acaba tão cedo. “Os trabalhos paralelos não enfraquecem a banda, pelo contrário, só nos enriquece com novas sonoridades cada vez que nos encontramos”, encerra, com chave de ouro.

(Colaborou Danilo Viegas)

Ouça abaixo o CD completo do disco ‘Na Medida do Impossível’: