Vai até domingo

Festival Cura BH começa nesta quarta com pinturas em 3 prédios, música e esportes; veja programação

Festival gratuito transforma a Praça Raul Soares em museu a céu aberto por meio de pinturas nas empenas dos prédios

do HOJE EM DIA
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02/09/2025 às 17:44.
Atualizado em 02/09/2025 às 18:59
Obra de Sylvia Amélia traz uma inovação inédita: em vez de pintura, será realizada uma instalação com acrílico, intitulada Pause, que projeta sombras em movimento ao longo do dia (Maurício Vieira/Hoje em Dia)

Obra de Sylvia Amélia traz uma inovação inédita: em vez de pintura, será realizada uma instalação com acrílico, intitulada Pause, que projeta sombras em movimento ao longo do dia (Maurício Vieira/Hoje em Dia)

De quarta-feira (3) a domingo (7), a Praça Raul Soares, no Centro de Belo Horizonte, irá se tornar em um museu a céu aberto, com a realização da 8ª edição do Cura. Além das tradicionais pinturas nas empenas de prédios, o festival contará com diversas atividades.

Neste ano, a programação inclui música, novas instalações e até a prática de esportes. Os preparativos seguem a todo vapor na praça. Quem passa pelo cartão-postal já pode ver artistas pendurados em prédios, montagens de estruturas de metal e placas informativas. 

‘‘Nossa proposta de ‘pracificar’ é transformar a praça em parque, aberta a todas as idades, onde a arte convive com a vida cotidiana. Por isso, expandimos as linguagens com música, esportes, instalação e dança, sem perder o gesto que nos fundou: pintar a cidade, dar novos horizontes e reinventar o comum’’, conta uma das diretoras do projeto, Priscila Amoni. 

Empenas de Paulo Nazareth, Sylvia Amélia e Julianismo

Ainda que ampliando as dimensões, o Cura mantém o trabalho de transformar o horizonte da cidade com a pintura e intervenções em empenas de prédios. Os trabalhos de três artistas já começaram.

Paulo Nazareth, referência em arte contemporânea brasileira, pinta sua primeira empena no Cura, no Edifício Garagem. Conhecido por obras que atravessam territórios e continentes, ele marca um capítulo fundamental na história do festival. De origem indígena borum (Krenak), seu trabalho já esteve em grandes bienais, como Veneza, Sydney e São Paulo. 

Já Sylvia Amélia aposta em linguagens híbridas que transitam entre a palavra, a poesia e a materialidade da arte. No Cura, Sylvia traz uma inovação: em vez de pintura, realizará uma instalação com acrílico, intitulada Pause, que projeta sombras em movimento ao longo do dia.

A terceira empena é assinada por Julianismo, jovem artista belo-horizontina que vem se destacando com trabalhos autorais e experimentais. A presença no Cura é uma aposta no futuro da arte urbana da cidade, abrindo espaço para novas linguagens visuais no horizonte.

Inside Out: retratos que viram instalação coletiva

Durante intervenção do Cura na Virada Cultural, o Inside Out, projeto criado pelo artista francês JR, capturou fotografias das pessoas que passaram pela Raul Soares. Essas imagens retornam à praça como parte de uma instalação coletiva, transformando expressões faciais em manifesto visual. A obra mostra que a cidade é feita de gente, e cada rosto é um lembrete da diversidade de Belo Horizonte.

Programação musical

A diversidade musical é um dos pontos fortes do Cura BH 2025. O festival receberá apresentações de diversas DJs, como Kingdom, Naroca, Fê Linz, Bruna Castro, Pat Manoese, Black Josie e Sandri, que mesclam brasilidades, grooves e beats globais. O evento recebe também, no domingo, a roda de samba da cantora Aninha Felipe. 

Esportes urbanos: velódromo e highline

Duas experiências esportivas trazem um novo viés para o festival. O velódromo Raul Soares transforma a praça em pista de ciclismo, em uma competição que mistura velocidade, diversão e celebração da cultura da bicicleta. 

Já o highline feelings faz do céu o palco. Atletas atravessam o vazio entre prédios a mais de 70 metros de altura, caminhando sobre uma fita de slackline. Mais do que um espetáculo de equilíbrio e coragem, o highline transforma a arquitetura da cidade em suporte para a arte do corpo.

O Cura conta ainda com um mapa afetivo e um concurso com participação de estudantes de Arquitetura e Urbanismo. Veja a programação completa abaixo:

SERVIÇO:

CURA BH | Mirante – Praça Raul Soares

3 a 7 de setembro de 2025

Dia 3/9 (quarta-feira)

16h às 19h – DJ Naroca

19h às 19h30 – Premiação do concurso de ideias “Uma Praça pra Cidade”

19h30 às 20h30 – Conversa com júri

20h30 às 21h – Lançamento do Mapa Afetivo (Priscila Musa, Jonjon e Xande Peroco)

21h às 22h – Playlist coletiva

Dia 4/9 (quinta-feira)

16h às 18h – Playlist

18h às 22h – House of Barracudas

Dia 5/9 (sexta-feira)

16h às 22h – DJ Kingdom (long set)

VJ Suave

Dia 6/9 (sábado)

13h às 19h – Highline Feelings

15h às 19h – Velódromo Raul Soares

19h30 às 20h – Premiação Velódromo

14h às 16h – DJ Pat Manoese

16h às 19h – DJ Fê Linz

19h às 22h – DJ Bruna Castro

VJ Suave

Dia 7/9 (domingo)

13h às 19h – Highline Feelings

14h às 16h – DJ Sandri

16h às 19h – Roda de Samba com Aninha Felipe e convidadas

19h às 21h – DJ Black Josie

14h às 18h – Rua de Lazer

17h às 18h – Cortejo Piranhas CURA (saída e retorno – Praça Raul Soares)

Cura Campus | UniBH
Durante o festival, o campus do UniBH recebe mural inédito do artista Deco Treco (Deco Farkas), com pintura ao vivo aberta ao público.

Mais informações:
www.cura.art

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