Festival de Paulínia começa nesta terça e conta com participação internacional

Paulo Henrique Silva - Hoje em Dia
22/07/2014 às 09:11.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:28
 (Divulgação)

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Desejo que vem desde a sua primeira edição, em 2008, a internacionalização do Paulínia Film Festival se transforma em realidade a partir desta terça-feira (22), quando chegam à cidade do interior de São Paulo nomes como a atriz francesa Jacqueline Bisset e o diretor norte-americano Abel Ferrara.

Ainda é cedo para dizer se a programação dessa sexta edição, que se estenderá até domingo, está à altura desse novo status. Certo, porém, é que, em função dos royalties da indústria petroquímica, Paulínia distribuirá a maior premiação do calendário nacional: R$ 800 mil, dividido entre 20 categorias.

Devido a disputas políticas, o festival foi interrompido por dois anos. A retomada também teve seus percalços, segundo o curador Rubens Ewald Filho. “Foi uma luta permanente, principalmente porque a Prefeitura anterior não pôs o festival no orçamento e tivemos que contar com a boa vontade dos vereadores”, registra.

Crítico de cinema (ele comenta a cerimônia do Oscar na televisão), Ewald teve que recorrer ao seu diploma de advogado nas muitas batalhas jurídicas e pôr o festival de pé. “Tiveram dificuldade, por exemplo, de me contratar. Trabalhei meses sem receber e não tive ninguém para ver os filmes inscritos comigo”.

E não foram poucos títulos. Por conta da alta premiação, 270 filmes, entre longas e curtas-metragens, pleitearam um lugar na programação. Na abertura, nesta terça-feira, no Theatro Municipal de Paulínia, será exibido “Não Pare Na Pista: A Melhor História de Paulo Coelho”, ficção que refaz a trajetória do escritor de “Brida”.

O festival será encerrado com a sessão de “Bem vindo a Nova York”, novo trabalho do cineasta cult Abel Ferrara, estrelado por Jacqueline Bisset. “Se há uma mesma linha temática? Não. O que existe são propostas diferentes como uma comédia carioca sobre o submundo da classe rica e um musical paulista passado num cemitério”, analisa.

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