Festival de videoarte destaca cinema do armênio Pelesyan

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
30/06/2016 às 18:37.
Atualizado em 16/11/2021 às 04:07


Sempre quando é convidado para participar de um festival internacional, com um filme ou como jurado, o diretor mineiro Sávio Leite não perde a oportunidade em mergulhar na cinematografia local, indo atrás de cineastas pouco conhecidos fora do país de origem. Foi assim que, após uma viagem à Armênia, em 2011, ele conheceu o trabalho de Artavazd Pelesyan, um dos destaques do Timeline – Festival Internacional de Videoarte de Belo Horizonte.

Depois de permanecer três dias no Museu Mineiro, no mês passado, o festival aporta, a partir de hoje, no Sesc Palladium. É a primeira vez que o público terá contato com a obra de Pelsyan, documentarista que trabalha numa chave mais poética, com poucos diálogos.

Para conseguir os direitos de exibição dos filmes, Sávio teve que vencer várias barreiras, uma delas a da língua. “Consegui o contato da embaixada no Brasil, mas a pessoa só falava em inglês. Apesar de ter entendido pouco o que falou, deu certo”, recorda.

A única contrapartida pedida foi a realização de um vídeo de poucos minutos para veiculação na TV pública da Armênia, sobre a retrospectiva de Pelesyan.

A programação, que se estende até domingo, conta ainda com retrospectivas do Festival de Novas Tendências Digitais Fonlad, de Portugal, e do brasileiro Felipe Barros e dois programas focados na produção latinoamericana atual, com curadoria de Carlosmagno Rodrigues.

Com o tema “Insurgentes Latinoamericanos”, o realizador Carlosmagno pinçou filmes premiados como “Juku” (2011), do boliviano Kiro Russo. “O cinema dele faz um diálogo com o cinema de observação de Pelesyan”, registra Sávio, que, coincidentemente, viaja hoje para La Paz, onde participa do BoliviaLab. 
 

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