Festival Eletronika terá 11 apresentações musicais a partir do dia 28

Dois projetos interessantes de arte contemporânea irão ocupar o Oi Futuro este mês. A partir desta quarta-feira (6), acontece a apresentação dos resultados do trabalho desenvolvido dentro da terceira edição do "Simbio". E entre os dias 28 e 1º de dezembro, o teatro Kaluss Vianna vai abrigar o festival "Eletronika", que novamente traz a Belo Horizonte uma reflexão sobre o que há de mais novo na música experimental.

O "Simbio" propõe a realização de arte contemporânea por meio de caminhos colaborativos. Enquanto nas duas primeiras edições propunha encontro entre artistas selecionados e seus convidados, dessa vez o foco esteve sobre três coletivos: MIR audiovisual studio, Fósforo Coletivo e o 425CRINA! (leia Azucrina).

O primeiro realiza "Territórios", uma instalação audiovisual sobre luta de espaços, refletindo sobre conflitos por territórios, enquanto o 425CRINA! propõe uma poética terrorista com "Artefato Atentada ou Presente pra Paz". Já o Fósforo pretende estabelecer um debate sobre o universo das redes sociais com "Sinapse".

"Nossa obra é um jogo sensorial com várias referências ao uso de redes sociais. Enquanto o visitante faz o percurso, é bombardeado com imagens e informações, como acontece na internet", adianta a artista Marcela Bergamini, integrante do Fósforo.

Diversificado

Com curadoria de Marcos Boffa e Chico Dub, o festival "Eletronika" dessa vez teve uma programação adequada ao espaço de teatro. Serão 11 apresentações divididas em quatro dias de ocupação do Oi Futuro (veja ao lado).

A música eletrônica brasileira está bem representada com Grassmass, Pazes e Opala, mas o rock experimental também está presente, com Elma, Passo Torto e Constantina.

Há ainda convidados do exterior. Jan Jelinek (da Alemanha) vai mostrar as experimentações sonoras da alemã Ursula Bogner – que ninguém sabe dizer se existiu ou se é um personagem criado pelo artista. Referência no conceito de criação lo-fi nos Estados Unidos, James Ferraro também mostra um pouco das suas experimentações com sonoridades do cotidiano.

O festival agora ocupa um teatro, mas seu organizador, Aluizer Malab, garante que a essência permanece. "O DNA do Eletronika é sempre o mesmo, de ser um evento que prestigia a pesquisa. O que muda é o tamanho do festival, mas sempre mantemos os fóruns, as oficinas, o debate", afirma o produtor.

A programação do "Eletronika" não termina por aí. Nos próximos dias, será divulgada a "Festa das Luzes", evento parceiro previsto para ser realizado no dia 30.

A exposição do "Simbio" fica em cartaz na Galeria 1 do Teatro Oi Futuro (avenida Afonso Pena, 4.001) até 2 de fevereiro. Pode ser visitada de terça a sábado, 11 às 21 horas, e domingo, 11 às 19 horas.

Programação do Eletronika

28 de novembro (quinta-feira) 21 horas - Grassmass (PE) 22 horas - Jan Jelinek (Alemanha) 29 de novembro (sexta-feira) 21 horas - Bemônio (RJ) 22 horas - Elma (SP) 23 horas - Demdike Stare (Inglaterra) 30 de novembro (sábado) 21 horas - Barulhista e Rafael Miranda (MG) 22 horas - Passo Torto (SP) 23 horas - Constantina (MG) 1º de dezembro (domingo) 19 horas - Pazes (DF) 20 horas - Opala (RJ) 21 horas - James Ferraro (EUA)