(GLENIO CAMPREGHER/DIVULGAÇÃO)
No ano em que completa 20 anos, o FETO, um dos mais longevos e importantes eventos na área de artes cênicas do país, experimenta, pela primeira vez, uma edição toda online.. Serão selecionadas propostas voltadas para o diálogo entre o teatro e as plataformas digitais, que tenham sido realizadas cumprindo o isolamento social.
Podem participar estudantes de todas as regiões do Brasil, independentemente do nível de escolaridade (Ensino Fundamental, Médio e Superior, cursos livres e técnicos). É permitida a inscrição de grupos compostos por participantes matriculados em diferentes instituições, que se formaram a partir de janeiro de 2019.As inscrições podem ser feitas no site do festival.
“Mesmo que a instituição esteja com as aulas suspensas durante a pandemia ou, se por alguma razão, o estudante precisou interromper os estudos durante o ano, ainda assim pode se inscrever no FETO”, explica a coordenadora de produção Luisa Monteiro.
A equipe de curadoria desta edição, formada por profissionais com trajetória reconhecida nas artes cênicas, entre eles, Gláucia Vandeveld, Michelle Sá e Marina Arthuzzi, pretende selecionar propostas que ainda estão no papel ou em fase de desenvolvimento, e que dialoguem com as conexões entre o teatro e as ferramentas virtuais.
Serão aceitos formatos diversos como, cenas curtas, websérie, podcast, performance, leitura dramática, formatos híbridos, distribuídos nas seguintes modalidades: criações de minuto (propostas de até 2 minutos para feeds de Instagram), experimentos cênicos (propostas de 3 a 10 minutos para Youtube), ideias confinadas que são propostas que terão acompanhamento de um tutor indicado pelo festival (20 minutos, com transmissão pelo também pelo Youtube), e ainda, Fazendo ao Vivo, que contemplará trabalhos realizados nesse período de isolamento social e que serão transmitidos em tempo real durante o festival.
Todas as propostas selecionadas deverão cumprir os protocolos de isolamento social durante o processo de criação e finalização do trabalho. Caso isso não seja feito, o proponente poderá ser desclassificado. As inscrições podem ser feitas por “estudantes, grupos, instituições, um docente que mobilize seus estudantes a participar, ou ainda, de um grupo de amigos que queiram desenvolver uma ideia criativa. A participação da família é bem-vinda. Pensamos numa construção aberta e afetiva”, explica Gláucia Vandeveld, que também assina a coordenação artística e pedagógica do festival. O resultado dos selecionados será divulgado no dia 29 de setembro.
Outra novidade esse ano é que o festival irá oferecer aos grupos selecionados um auxílio digital mediante entendimento da realidade de cada selecionado. “O Festival estará atento às necessidades dos estudantes durante o processo de criação e exibição dos trabalhos. Como é tudo muito novo ainda, vamos estudar maneiras de contribuir com os artistas que querem participar, mas possuem acesso restrito às ferramentas digitais”, explica o coordenador técnico Cris Diniz.