Festival Feito Aqui faz uma viagem cultural através dos sons e dos sabores de Minas Gerais

Festival de receitas musicais e sinfonias de sabores. Assim foi o Feito Aqui, uma iniciativa da produtora Lailah Gouvêa que aconteceu nos dias 7 e 8 de novembro, no Cheval’s (Centro Equestre Vale do Sol), em Nova Lima.

As tardes de sábado e domingo se encheram de sonoridade e aromas proporcionados por artistas genuinamente mineiros que apresentaram suas criações a um privilegiado público que compareceu ao evento que veio para ficar nesta onda de feiras e encontros culturais que tem agitado BH nas praças e em outros espaços abertos.

Gastronomia

Desta vez, a festa prestigiou somente produtores que representam a cultura culinária regional de seus territórios gastronômicos de origem, e músicos que têm realmente a identidade com o Estado e a cultura de Minas Gerais.

Uma grande estrutura, pouco comum nesses tipos de evento, foi montada para receber as 16 barracas de produtos, produtores artesanais e cozinheiros que tiveram espaço e conforto para apresentarem os seus shows de sabores e criatividade.

A produtora Lailah Gouvêa realçou com sua competência e profissionalismo a expertise, os potenciais e a qualidade dos produtos que representam a cultura culinária mineira, dando-lhes um tratamento digno de verdadeiros artistas, como de fato são, a todos os atores desse evento.

“Fiquei extremamente feliz com o diferencial do nosso evento, cuja relevância cultural é única. Existem muitos eventos deste tipo que até privilegiam a cultura, mas não com a importância e o reconhecimento com que recebemos nossos grandes artistas das cozinhas”, afirma Lailah.

De fato, o conforto e infra-estrutura proporcionados, a segurança, organização e descontração foram os temperos principais dessa receita de sucesso nas duas tardes e noites, recebendo elogios e a aprovação de todos que participaram trabalhando ou se divertindo.

Os artistas das cozinhas

Do território Central, vieram artistas como o Sr. Orival, de Crucilândia, com seus inigualáveis e crocantes mandiopãs. O mestre falou de sua participação no evento e o descreveu como uma das melhores experiências de sua vida. “Fiquei muito surpreso, foi muito bacana, valeu muito a pena, me trataram muito bem, eu não mereço tanto”, completou ainda emocionado.

Também da região Central vieram as mestras de Igarapé: Beth com seus licores de quintal e a Pretinha com os guizadinhos de hortaliças não convencionais.

De Itabirito o show ficou por conta da Inezita dos Pasteis, grande atração com seus deliciosos pastéis de angu e sua contagiante alegria.

Chefs de BH também deram seu espetáculo, como o Flávio Trombino, do Xapuri, com os torresminhos no saquinho; e o coordenador do curso de gastronomia da Una Edson Puiati que apresentou o melhor feijão tropeiro do mundo de Morro do Pilar, no território do Espinhaço.

Do Mercado Central, representando todos os produtores de queijos artesanais mineiros, o empório Roça Capital apresentou o que existe de melhor em queijos curados e outros sabores que compõe os terroirs de sua loja.

Do território do Cerrado, vieram representantes de peso da gastronomia mineira como as quitandas de Paracatu, onde se produzem deliciosas empadinhas de pele fina e recheio molhadinho e apimentado, além dos famosos pães de queijo.
Ainda do território do Cerrado, a Linguiça da Beth, de Paraopeba, e o espeto de surubim de Pirapora, preparado pela chef Sandra Felisberto, marcaram a identidade gastronômica de suas cidades.

Do território dos Rios, a grande atração foi a famosa carne de sol com macaxeira e manteiga de garrafa do Gilvan da Macaxeira, da cidade de Teófilo Otoni.

Da Mantiqueira, vieram os melhores cafés especiais representados pelo Café Américo, e os vinhos mineiros de Cordislândia

Uma lojinha de produtos representativos da cultura culinária de todos os territórios de Minas foi outra grande atração do evento.