Festival promove estímulo à sensibilidade da criança no CCBB

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
30/01/2020 às 08:44.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:28
 (Luan Henrique/Musicar/Divulgação)

(Luan Henrique/Musicar/Divulgação)

À frente do Festival de Música Infantil (Musicar) há três anos, a musicista e educadora Bebel Nicioli não tem dúvidas sobre a importância da música para o desenvolvimento das crianças. Ela ressalta que, antes mesmo de falarem, os bebês cantam, iniciando um processo que, se bem acompanhado, será fundamental na sua formação.

“A música é um impulsionador deste crescimento, tanto na formação cultural quanto na humana”, registra a idealizadora do Musicar, que ganha a sua primeira edição em Belo Horizonte a partir de hoje, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), com cerca de 15 atrações, entre shows, oficinas, vivências musicais e instalações sonoras.

Flautista e clarinetista do Farra dos Brinquedos, grupo carioca que realça o lado encantador, poético e brincante da música popular brasileira e uma das atrações do Musicar, Bebel destaca que a programação apresenta repertórios muito diferentes e amplos, entre músicas que fazem parte do imaginário popular e autorais.

Apesar de as crianças serem as protagonistas, com uma programação que contempla propostas estético-musicais e de estímulo à sensibilidade e à inteligência, a família tem papel decisivo ao potencializar a música como linguagem auxiliadora no desenvolvimento infantil. “Ela representa uma grande oportunidade de convivência harmônica”, observa.

Bebel destaca que o Musicar tem uma proposta ampla, calcada em quatro pontos, que são “as oficinas, que oferecem um contato mais interativo com a música; os show, de caráter mais contemplativo; as instalações, em que se percebe o desenvolvimento musical; e as vivências, que nos convidam a explorar plasticamente a partir de estímulos sonoros”.

As crianças, salienta a idealizadora, podem até mesmo conceber um funk ou um rap. “Estamos muito abertos ao que pode surgir neste processo, dando chance a elas de serem cocriadoras”, assinala. Entre as oficinas, está aquela realizada por Músico Pai, com o tema “O Ritmo do Meu Corpo”. A Cia. Pé de Moleque apresentará “Alecrim”, uma vivência musical para bebês.

Em cada cidade, o festival abre espaço para os artistas locais. Na edição mineira marcam presença o músico e compositor Rubinho do Vale, que traz um repertório autoral inspirado na cultura do Vale do Jequitinhonha; o grupo Pé de Sonho, que reúne adultos e crianças no palco; além da artista Ana Cristina, com o show “Aquático”. 

De outras partes do Brasil, chegarão artistas como o mestre de cultura popular Tião Carvalho, do Maranhão; a companhia de música e teatro Os Buriti, de Brasília, e o espetáculo “Balaio Brasileirinho”, da compositora Iara Ferreira, de São Paulo, que faz um passeio por canções sobre a natureza e a necessidade de preservação de nossa língua, flora e fauna.

A programação completa do Festival de Música Infantil, que irá até 9 de fevereiro, no CCBB (Praça da Liberdade, 450), pode ser acessada no site musicar.art.br. Há atividades com entrada franca e outras com cobrança de ingressos

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