FIF-BH convida o público a pensar na relação entre fotografia e política

Jéssica Malta
jcouto@hojeemdia.com.br
19/07/2017 às 17:49.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:39
 (Yann Gross/Divulgação)

(Yann Gross/Divulgação)

“Temos certeza que as imagens tem uma força de discurso, principalmente nesse momento político que vivemos”. A frase de Bruno Vilela um dos idealizadores e coordenadores da 3ª edição do Festival Internacional de Fotografia de Belo Horizonte (FIF-BH) sintetiza um dos motes centrais para a realização do encontro em 2017.

O evento, que começa hoje, reforça a importância deste tipo de discussão, em um contexto de disputas políticas exacerbadas como o que toma o país atualmente, e convida o público a refletir sobre a construção de discursos através da imagem.

Ocupando diferentes espaços da cidade, o FIF-BH traz para a capital cerca de 80 obras em fotografia e vídeo, de 28 artistas de diferentes partes do globo. Além da mostra, o festival reúne mais de 20 convidados que participam de palestras, bate-papos e workshops. Para Vilela, os diálogos promovidos pelo evento são o grande destaque desta nova edição. “O circuito de palestras é muito interessante, legal para quem quer pensar a fotografia de forma ampliada”.

Ele também ressalta a pluralidade de convidados escalados para esta edição, como Nego Bispo, lavrador escritor e ativista do movimento social quilombola, e Elina Heikka, diretora do Museu Finlandês de Fotografia. “Estamos trazendo representantes de outros campos de conhecimento para falar da fotografia”, diz.

A busca por um diálogo mais diverso é um desdobramento das edições anteriores.“Em 2013, discutimos a ideia de espaços compartilhados da imagem, de como a fotografia conversa com outras manifestações artísticas. Percebemos que existia um trânsito interessante aí, e decidimos começar uma conversa mais ampla”, aponta Vilela.

Exposições ao ar livre

Assim como na última edição, o festival leva parte das obras para áreas externos, como o Parque Municipal – que recebe, a partir de domingo, algumas das obras selecionadas para a exposição.

“Notamos que vale a pena ocupar esses espaços, foi uma experiência que deu muito certo”, afirma Vilela, que recorda o sucesso das exposições feitas no metrô da capital e no próprio parque, na edição anterior do FIF-BH. A Praça da Liberdade também entra no circuito do evento e recebe no próximo dia 30 uma mostra de livros.

Serviço: 3º Festival Internacional de Fotografia de Belo Horizonte (FIF-BH), entre 20 de julho e 4 de setembro em diferentes espaços da cidade. Confira a programação completa em http://www.fif.art.br/2017/programa

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