(Paulo Lacerda/Divulgação)
Que tal passar o Dia das Mães em um icônico espaço da cidade, curtindo uma boa música sinfônica? Pois saiba que amanhã a capital vai contar com três concertos especiais dedicados às mães, realizados pela Filarmônica, a Sinfônica e a Orquestra Ouro Preto.
Um ano e meio após a última apresentação no Parque Municipal, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais retoma, às 10h, um de seus projetos mais amados: o “Concertos no Parque”.
No repertório, trechos dos cinco atos da ópera “Romeu e Julieta”, de Charles-François Gounod, que estreia no Palácio das Artes no dia 19. O maestro Silvio Viegas explica que o concerto no Parque Municipal funciona como um convite à população. “O interessante dessa obra é que o autor enfoca bastante o amor adolescente entre os personagens e consegue colocar essa pureza na música”, afirma o maestro.
Segundo ele, a oportunidade de se apresentar em praça pública é especial para todos os músicos da orquestra. “É claro que existe um lado negativo da dificuldade em lidar com a microfonação, mas isso é um problema muito pequeno perto dos pontos positivos. A orquestra adora tocar no parque, onde se apresenta de forma democrática. A orquestra se sente muito valorizada”, diz.
Viegas adianta ainda que deve reservar algumas cadeiras no palco para que alguns sortudos da plateia tenham a oportunidade de assistir ao espetáculo em meio aos músicos. A experiência já foi colocada em prática no projeto “Sinfônica ao Meio-Dia”.
“Ainda falo para as pessoas: ‘pode filmar e fotografar, desde que seja em silêncio’. Depois dessa experiência, a pessoa se sente um pouco um membro da orquestra”, conta Viegas.
Filarmônica
Às 11h, na Praça da Assembleia, a Filarmônica de Minas Gerais estreia a edição 2016 do projeto “Clássicos na Praça”. A orquestra apresentará trechos de obras de Dvorák, J. Strauss Jr., Carlos Gomes, Satie, Smetana, Borodin e outros.
A intenção é abordar composições mais alegres, convidativas para apresentações em praça pública. “Sempre escolhemos temas que o público consiga reconhecer e os misturamos com outros menos conhecidos. E temos a preocupação de colocar um repertório novo, que seja vivo e altivo”, afirma o maestro Marcos Arakaki, regente associado da Filarmônica.
O maestro explica ainda que as apresentações em praças públicas, da capital e interior, são importantíssimas para o trabalho desenvolvido pela orquestra. “Muitas vezes, o público é formado por pessoas que não costumam nos ver na Sala Minas Gerais, mas que passam a nos acompanhar depois”, diz Arakaki, que costuma dar explicações sobre obras e instrumentos nos concertos.
SERVIÇO
A Orquestra Ouro Preto convida o pianista Luis Rabello para executar obra inédita de Radamés Gnatalli. Domingo (8/5), às 11h, no Sesc Palladium. R$ 5