Folker Phillip long faz primeiro show em BH

Vanessa Perroni - Hoje em Dia
05/09/2015 às 08:12.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:39
 (Divulgação)

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“A música é o que me salva. Ela faz parte do meu processo de cura e me mantém vivo”. A afirmação é do cantor e compositor paulista Phillip Long, que desembarca em Belo Horizonte para o primeiro show de seu recém-lançado álbum “Zeitgeist”. O trabalho é o nono em apenas quatro anos de carreira.   Tendo o folk como referência, Long, que sempre falou de solidão e amor em sua canções, amplia os horizontes em “Zeitgeist”. O título – em alemão, “o espírito da época” – já dá uma ideia do que o público vai encontrar nas 11 faixas.   Ao folk, ele acrescenta influências do rock dos anos 1980, e, agora, amplia o espectro falando de homofobia, intolerância, culto à imagem e um mundo de regras inflexíveis – e pouco tolerante. “Meu trabalho é muito autobiográfico. Escrevo sobre tudo que me afeta. E essas questões são urgentes, estão acontecendo agora”, enfatiza ele, que se incomoda com o fato de muitos cantores da cena indie atual não voltarem o olhar para o seu próprio tempo.   “Não consigo entender uma geração que não reflete sobre o tempo atual em sua obra. São poucos os que fazem isso, que dão voz ao que está acontecendo na nossa frente”.  

CAPA DO DISCO – Disponibilizado para download gratuito pelo selo Grama Records (Foto:Divulgação)   Melancolia   “Zeitgeist” tem todas as letras em inglês. Com melodia suave e um certain air saudosista, “Daniel” abre os trabalhos abordando a história de um garoto que teme a reação das pessoas ao fato de estar apaixonado por um homem. “Happiness Comes by Morning” é uma das mais fortes, ainda que seja perceptível uma certa melancolia – o que ele reconhece. “Mas carregam uma esperança, pois a melancolia tem o poder de te fazer olhar para dentro. E só dessa forma conseguimos mudar algo em nós e no outro”, filosofa.   Compreensão, por favor   No geral, o que Long quer é que sua mensagem seja compreendida pelo seu público. O que, infelizmente, nem sempre acontece. “Quando adicionei à imagem do meu perfil no Facebook as cores do arco-íris – símbolo do orgulho gay – , um dos meus seguidores me criticou. Ou seja, temos ideais diferentes, ficou claro que ele não entendia minhas letras”, relata o moço.   Em tempo: inquieto, Phillip já pensa em um novo álbum. “Vou trazer as mesmas temáticas de ‘Zeitgeist’, só que em português”.   Phillip Long e banda – Cine Theatro Brasil (Praça 7). Neste domingo (6), às 19h. R$ 40 e R$ 20 (meia)

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