Formada por ex-integrantes do Concreto e atual guitarrista do The Mist, banda Loss lança 1° EP

Thiago Prata
@ThiagoPrata7
05/10/2020 às 14:42.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:43
 (Ed Zimerer/Divulgação)

(Ed Zimerer/Divulgação)

Em março, alguns dias após o anúncio do fim do Concreto, banda mineira de rock que ficou ativa por 25 anos, e pouco antes da quarentena, Marcelo Loss esboçava, entre uma e outra cerveja, ao lado do amigo e guitarrista Edu Megale, um novo projeto musical. “Nos reunimos para bater um papo. Depois, o Edu já me mandou alguns riffs que eu gostei demais. Fiz uma letra em cima e, em uma semana, tínhamos uma composição pronta”, relembra o baixista e vocalista sobre a fase embrionária do grupo que traz seu nome: Loss.

Passados cerca de seis meses e tendo também o baterista e ex-colega de Concreto Teddy Bronsk para completar o power trio, essa nova empreitada chega a seu primeiro registro fonográfico nesta terça-feira (6). Com quatro faixas, sendo que uma delas já conta com um videoclipe (“Burn Inside”), EP “Let’s Go” esbanja uma sonoridade calcada no hard e no stoner rock com elementos de heavy metal. Tudo criado de forma bem espontânea e por meio de troca de arquivos online, em função da pandemia, como atesta Megale.

“Saiu tudo de forma natural. Ninguém teve que ficar ensinando ao outro o que fazer. Houve toda uma liberdade criativa gigante. Até brinco que os riffs vieram de algo divino (risos). Não sei nem explicar”, destacou Megale, integrante da banda D.A.M e que recentemente foi anunciado como novo guitarrista do The Mist, na vaga deixada por Jairo Guedz (The Troops of Doom, ex-Sepultura e Overdose).

Após o lançamento do EP, o Loss dá continuidade à sua programação de material audiovisual. Em pauta, o videoclipe para a terceira faixa do EP, “Até Quando”, única canção do álbum cantada em português (as outras são em inglês) e que tem a participação do rapper Roger Deff.

"A gente queria uma pessoa que fizesse parte dessa nossa manifestação contra questões que, infelizmente, se repetem, que é o racismo, a violência contra a população pobre, a violência contra a população negra... Tivemos a ideia de chamar o Roger, que é o cara, uma pessoa autêntica, um representante legítimo dessa pegada do rap. Demos um espaço para ele colocar uma letra, e ele nos surpreendeu. Ao falar de um assunto universal, citou referências locais, uma coisa à la Guimarães Rosa, de falar algo do mundo por meio do nosso quintal”, destacou Marcelo Loss.Ed Zimerer/Divulgação

Teddy Bronsk, Marcelo Loss e Edu Megale lançaram o primeiro EP do Loss

Futuro

Se em 2020, o Loss deu o pontapé inicial de sua história, em 2021 o power trio intenta lançar um disco completo e, quem sabe, ir para a estrada. "Assim que a pandemia passar, esperamos fazer vários shows. O lugar de músico e banda é no palco. Queremos tocar no Brasil e também temos propostas lá fora, nos Estados Unidos e talvez um festival na Europa. Vamos seguir trabalhando, com um passo de cada vez”, destacou o baixista.

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