(Samuel Costa/Hoje em Dia)
A nova edição da revista “ZUM” (184 páginas, R$ 49,50) será lançada hoje (21) às 19h30, no Oi Futuro (av. Afonso Pena, 4001), dentro do projeto “Foto em Pauta”. Na ocasião, Thyago Nogueira, editor da “ZUM”, e Eugênio Sávio, fotógrafo, professor e coordenador do “Foto em Pauta”, vão falar sobre o projeto “Offside” – uma colaboração entre talentos brasileiros e fotógrafos da lendária agência Magnum.
Em seguida, Guilherme Horta fará uma apresentação da sua pesquisa sobre o fotógrafo Assis Horta, projeto vencedor do 12º Prêmio Marc Ferrez de Fotografia da Funarte em 2013. Com 96 anos, Horta estará presente e irá autografar exemplares da revista.
A “ZUM”, publicação semestral de fotografia contemporânea do IMS, chega à sétima edição com um especial de quase 100 páginas dedicado ao “Offside”. Realizado durante a Copa do Mundo, o projeto de fotografia foi criado para documentar o país por meio do olhar de dois coletivos, quatro fotógrafos da agência e quatro brasileiros. Eles organizaram suas pautas e percorreram as capitais do Brasil para apresentar temas variados, como os jovens eleitores, os protestos e as ocupações, os grupos sociais e religiosos emergentes, os novos movimentos musicais ou a relação das mulheres com a beleza.
No time da Magnum estavam Alex Majoli, David Alan Harvey, Jonas Bendiksen e Susan Meiselas. Juntaram-se a eles seis nomes da nova safra brasileira: Bárbara Wagner, Pio Figueiroa, André Vieira, Breno Rotatori e os coletivos Mídia Ninja e Garapa.
Outro destaque deste número são os retratos deslumbrantes de Assis Horta, que tem sua trajetória narrada por Dorrit Harazim. O fotógrafo nasceu em 1918 e eternizou o patrimônio arquitetônico e a sociedade de Diamantina. Mas o grande impulso de sua carreira veio com a promulgação da CLT, em 1943, quando Getúlio Vargas tornou obrigatória a carteira profissional com foto. Era o empurrão que faltava para que a classe trabalhadora entrasse no estúdio fotográfico. Nos anos que se seguiram, Horta fotografou centenas de pessoas. Em 3×4 ou de corpo inteiro, muitos tiravam então seu primeiro retrato.
A edição traz, ainda, entre outros destaques, um texto da série autobiográfica “Memórias de um Cão”, em que Daido Moriyama (1938) declara seu fascínio pela cultura americana, pelas experiências de autoconhecimento e pela obra seminal de Jack Kerouac. O texto é acompanhado de imagens selecionadas pelo próprio fotógrafo.