Grupo Novos Baianos se reencontra no palco do BH Hall neste sábado

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
08/09/2016 às 16:36.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:44
 (Carlos Pupo/Estadão Conteúdo)

(Carlos Pupo/Estadão Conteúdo)

Quem for ao BH Hall amanhã, verá um público bastante heterogêneo. Afinal, os Novos Baianos sempre atraíram a atenção de pessoas de diferentes idades e a oportunidade de vê-los de perto, quase quatro décadas após o fim do grupo, será aproveitada por gente que viveu essa música festiva nos anos 70 e por aqueles que foram influenciados pelos pais. 

A engenheira agrônoma Bárbara Azevedo, de 28 anos, é um exemplo de quem cresceu ouvindo músicas da banda graças à influência da mãe. “Minha mãe sempre gostou de contar casos característicos e pitorescos do grupo quando vinha para shows em Belo Horizonte. Normalmente as apresentações eram no Teatro Chico Nunes e os artistas iam depois para os bares de Santa Tereza”, conta Bárbara. “Comprei o ingresso porque quero ver essa energia de perto”. 

Identificação
A produtora musical Camila Cortielha, 33 anos, é uma das várias pessoas que têm uma história de amor com “Acabou Chorare”, o célebre disco de 1972, que traz clássicos como a faixa-título, “Brasil Pandeiro”, “Preta Pretinha”, “A Menina Dança” e “Mistério do Planeta”.

“Eu devia ter cinco anos quando descobri a coleção de discos dos meus pais. Entre eles, uma capa de ‘gente bagunceira’ com uma música que eu, criança, achava a coisa mais engraçada do mundo. Então fui crescendo e o ‘Acabou Chorare’ era mais um brinquedo do que um LP”, lembra.

Anos mais tarde, já na fase adulta, Camila vivenciou um segundo momento de contato com o álbum. Ela fazia a programação musical de algumas webrádios em uma agência de publicidade e teve de ouvi-lo novamente. “Agora mais madura, entendendo o conteúdo das letras, pesquisando a vida da banda, tive uma revelação sobre identidade, foi um sentimento incrível. Aquele brinquedo virou sinônimo de ‘sempre existiram brasileiros como eu”.

Essa identificação também aconteceu com Paulim Sartori, 25 anos. Há alguns anos, ele se apaixonou pela música dos Novos Baianos de tal maneira que decidiu montar uma banda cover, a Vagabundo Não É Fácil, que existiu entre 2010 e 2012. “Achei muito fascinante aquela síntese de João Gilberto com Jimi Hendrix. Quis muito tocar aquelas músicas”, diz.Flávio Tavares / N/A
AMOR PELA MÚSICA – Camila Cortielha tem ótimas lembranças de ouvir “Acabou Chorare” na infância

Um grupo com muitos talentos que esbanjavam alegria

O corretor de seguros Geraldo Paulino, 60 anos, acompanhou de perto o sucesso da banda nos anos 70. Foi a um show memorável no Teatro Francisco Nunes, logo após o lançamento de “Novos Baianos Futebol Clube” (1973). “Tinha o (Luis) Galvão que escrevia, o Moraes Moreira que musicava, a Baby (do Brasil) que cantava lindamente, o Paulinho (Boca de Cantor) que tinha muito suingue e o Pepeu Gomes que tocava muito bem a guitarra. A banda tinha musicalidade, juventude e alegria”, diz.

Para crianças
Muita gente gosta de colocar Novos Baianos para os filhos ouvirem, como a advogada Adriana Barreto, mãe de Julia, 10, e Davi, 7. Ela adora cantar “Acabou Chorare” para os filhos na hora de dormir. “Quando alguma música dos Novos Baianos toca na rádio e estamos no carro, chegando em casa, ficamos parados, dentro do carro, na garagem, até acabar a música”, garante. 

Serviço:

Novos Baianos no BH Hall (av. Nossa Senhora do Carmo, 230), neste sábado (10), às 22h. Pista e arquibancada/3º lote: R$ 180 e R$ 90 (meia)

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