(Netun Lima)
Antônio Júlio faz música com muita facilidade e o Tianastácia não dá conta de absorver toda sua criação. Nada mais natural que o guitarrista realizasse um álbum solo, homônimo, que será lançado esta noite, no Centro Cultural Banco do Brasil, dentro do programa #ClaroExperiências.
No álbum de dez músicas, Antônio buscou uma sonoridade diferente do que costuma apresentar no Tianastácia. “Se fizesse um disco de guitarrista, poderia soar como a banda e isso seria incoerente. Eu e o Ruben di Souza (produtor) decidimos trabalhar outros instrumentos, como teclado, piano e banjo”, explica.
Diferentemente de seus colegas de banda – que trabalham em vários projetos musicais paralelos –, Antônio Júlio divide seu tempo entre a música e uma profissão que possui outras exigências: a medicina.
De segunda a quinta, ele se dedica ao consultório. No fim de semana, a música é prioridade. “Consigo ter essa conciliação porque sou dermatologista, não preciso me envolver em cirurgias complicadas. Se fosse outra especialidade, teria que escolher”.
O sol
O artista não tem um método bem definido para a composição. Pode acontecer em casa, com violão ou uma guitarra, ou até no carro, em meio a um engarrafamento. Das quase 200 músicas compostas, cerca de cem já foram gravadas, sendo “O Sol” a mais destacada de sua carreira – sucesso absoluto nas rádios quando foi gravada pelo Jota Quest.
“Até o Milton Nascimento gravar essa música, não me sentia muito compositor. Agora, sim, olho meu trabalho de forma diferente. Foi uma honra ter sido gravado por um ícone da música brasileira”, diz Antônio, lembrando que o Tianastácia faz show gratuito no Parque das Mangabeiras dia 8 de junho.
Antônio Júlio no CCBB (Praça da Liberdade). Nesta quarta-feira, às 20 horas. Gratuito