(CIDINHA LAMOUNIER/DIVULGAÇÃO)
O pão de queijo já faz parte da mesa do mineiro. Mas, nesta segunda (17), dia da iguaria, vale uma lembrança especial a um dos mais celebrados produtos da gastronomia do Estado.
Aliás, é bom que se diga, a origem da receita de polvilho e queijo é incerta, mas ninguém duvida que ela ganhou cara e cheirinho de mineiridade. Uma das versões dá conta que o quitute está presente nas cozinhas desde o século XVIII, feito por escravas, que usavam polvilho no lugar da farinha para fazer pão.
Consumido assado, o produto é crocante e macio ao sair do forno, dando um aspecto quase irresistível, podendo ser acompanhado de café e recheado com linguiça - uma tradição em algumas paradas em estradas mineiras.
Para a chef Cidinha Lamounier, professora do curso de Gastronomia das Faculdades Promove, "o pão de queijo é alimento de união para os mineiros, assim como a massa é para os italianos".
Ela observa que o queijo é o principal responsável por dar um sabor tão caracteristicamente mineiro ao quitute. "Por isso, é tão difícil não gostar de pão de queijo. Afinal, não há nada mais mineiro do que o queijo", registra.
O Estado virou sinônimo de pão de queijo, abrigando as principais fábricas de congelados. Daqui saem milhões de "bolinhos" para o exterior, atingindo mercados dos Estados Unidos, da Europa e da Ásia.