(Leora/ Lara)
As obras não passavam por uma restauração há, pelo menos, seis décadas. É o caso da imagem de Sant’Ana, que passou por esse processo em 1960, sob o comando de Jair Afonso Inácio, pioneiro na preservação do patrimônio artístico brasileiro.Fotos Studo Cerri/ Divulgação / N/A
As obras não passavam por uma restauração há, pelo menos, seis décadas
No caso da imagem de São Manuel, nunca houve qualquer tipo de intervenção. A de São Joaquim sofreu um trabalho em 1921 que acabou sendo danosa à composição original de Aleijadinho, alterando as suas cores, que eram vermelho e dourado.
“Atualmente são o amarelo, o laranja e o azul, com a borda em vermelho. A pintura antiga foi removida e refeita. Descobrimos pequenos resquícios do original, a partir de equipamentos de luz infravermelha”, afirma a coordenadora Rosângela Costa.
Segundo ela, seria impossível tentar restabelecer com precisão as cores originais, além de uma ação como essa não ser desejável, já que a imagem refeita já tem uma história centenária. A equipe se concentrou em corrigir fissuras e impedir a ação de cupins.
“No casa de São Manuel, a pintura estava encardida e mais escura, sofrendo deformidades devido à sujidade, além de algumas trincas. A San’Ana é a que tem aspecto pior, não sendo possível a leitura do rosto devido às manchas”, analisa Rosângela.
A preocupação com o ataque de cupins levou a equipe a envolver a imagem da Capela de Santana da Chapada com uma bolsa de anoxia, que priva a entrada de oxigênio. A eliminação não é tão rápida, já que os ovos de insetos costumam eclodir depois.
O ateliê de restauro foi montado no hall da Casa Fiat de Cultura. As atividades poderão ser acompanhadas presencialmente durante todo o mês de novembro, em horários exclusivos. A retirada de ingressos deverá ser feita pelo site da Sympla.
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