(Divulgação)
Brasília – O Sundance, instituição criada pelo ator Robert Redford no final dos anos 80, é celebrado por ser um importante mercado para filmes autorais, mas nos últimos anos eles têm buscado também outras formas de projetar uma obra que não seja o velho cinemão, hoje cada vez mais dominado pelos chamados “blockbusters” (superproduções).
“Depois do You Tube, que era o segundo buscador mais famoso do mundo antes de ser comprado pelo Google, a maneira contar histórias se diversificou e, por isso, ajudamos a desenvolver um protótipo VR (realidade virtual) em que o espectador fica completamente imerso, vendo um filme em 360 graus”, adianta a curadora Shari Frilot.
Ela participou, nessa quarta, dentro da programação do 48º Festival de Brasília, de seminário que discutia a participação dos festivais na realização de filmes, com a criação de laboratórios específicos para fomentar a produção, tanto local quanto internacional, e aproveitou para falar de outra frente, em que também é curadora, chamada “Nova Fronteira”.
Na última edição de Sundance, em janeiro, vários outros modelos de realidade virtual foram apresentados, entre eles o Birdly, em que o espectador simula um voo de pássaro. “Começamos em 2007, buscando trabalhar com os filmes experimentais dentro da arte em si. Existem maneiras de você contar uma história e chegar à sua comunidade”, salienta.
Como festival de exibição, o Sundance se consolidou como uma plataforma para os filmes independentes ganharam a atenção das distribuidoras, muitas vezes recebendo, nas bilheterias, o dobro do que valor gasto para a realização. Entre eles estão “Cães de Aluguel”, de Quentin Tarantino, “Sexo, Mentiras e Videotape”, de Steve Soderberg.
* O repórter viajou a convite da organização do Festival de Brasília