(PBH/Reprodução)
Afinado com a máxima do escritor russo Leon Tolstoi – “fale de sua aldeia e estará falando do mundo” –, o belo-horizontino João Ângelo lança nesta quinta-feira (19), a partir das 19h30, no Memorial Minas Gerais Vale (Circuito Cultural Praça da Liberdade), seu segundo trabalho como cantor, compositor e instrumentista: “Atlântico – Arraial”.
“O conceito é justamente esse, de tentar unir o global (o Atlântico) com a ‘raiz’, com o que nos prende, nos liga à terra”, decifra. Detalhe importante: o primeiro trabalho fonográfico de Ângelo foi lançado há nada menos que 20 anos. “Sou médico (oftalmologista) e, neste hiato, me dediquei à profissão”. E o que teria motivado o retorno à música? “Bem, na verdade, a gente não abandona uma paixão. E chega o momento de religar a máquina”
Cumpre dizer que João Ângelo voltou a plugar essa paixão com o auxílio luxuoso de músicos de calibre: Juarez Moreira (violão e guitarra), Cléber Alves (sax), Kiko Mitre (baixo), Christiano Caldas (teclados) e Esdra “Neném” Ferreira (bateria). Moreira, aliás, responde pela produção musical. Cereja do bolo? Os nomes citados estarão também no show de lançamento – que, aliás, tem entrada franca (sujeita à lotação).
“E está bonito, o trabalho. O repertório é bem variado, vai do jazz à bossa nova, tem balada, traz referências a Paris, a Istambul... Uma miscelânea que reflete uma necessidade de ser múltiplo, de não se prender a uma tendência única, de ser mais aberto. Aliás, o momento atual exige isso”. Sobre as cidades mencionadas, Ângelo conta que já morou em Paris e visitou Istambul.
Antes de encerrar a conversa, ele aproveita para tecer loas a Juarez Moreira. “Ele é um grande amigo, e seu trabalho foi espetacular, brilhante. Foi uma honra para mim tê-lo de novo ao meu lado, estou muito feliz”, conclui.