(André Brant)
O jornalista e escritor Gilberto Dimenstein morreu nesta sexta-feira (29), aos 63 anos, em São Paulo. A informação foi confirmada no início da manhã em uma postagem no site Catraca Livre, fundado pelo comunicador. O enterro deve acontecer no domingo, no Butantã, bairro da Zona Oeste de São Paulo.
Autor de mais de dez livros, Dimenstein lutava desde 2019 contra um tumor no pâncreas. Em um vídeo postado na internet em abril, ele disse que vivia o momento mais difícil da vida. Ele deixa dois filhos, um neto e a esposa.
"A luta contra o câncer levou o fundador da Catraca Livre, mas sua determinação em construir uma comunidade mais igualitária, saudável e gentil, continua nesta página", dizia a publicação.
Carreira
Gilberto Dimenstein era paulistano e de origem judaica. Ele se formou em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero, na capital paulista. Em 1994, publicou "O Cidadão de Papel", que ganhou os prêmios Jabuti e Esso de melhor livro de não-ficção.
Como escritor, destacam-se ainda "Aprendiz do Futuro" e "Meninas da Noite".
Como jornalista, foi colunista, diretor na sucursal de Brasília e correspondente em Nova York da Folha de São Paulo. Na rádio CBN trabalhou como comentarista. Depois, se dedicour a um projeto particular, o site Catraca Livre.
Ao longo da carreira, trabalhou também em outros veículos de comunicação, como "Jornal do Brasil", "Correio Braziliense" e a revista "Veja". Ficou conhecido pela defesa de direitos nas áreas de educação e de meio ambiente.