(Hab Haddad)
Trinta e dois anos após a primeira apresentação na capital mineira, o Kiss está de volta para um show cheio de tecnologia de ponta no Mineirinho esta noite. Se naquela época o quarteto vivia um momento de crise artística – deixando de lado as maquiagens e passando a investir numa sonoridade mais pesada –, em 2015 o Kiss celebra quatro décadas de carreira e o sucesso conquistado com rock, fantasias e muita pintura no rosto. Não dá para imaginar o Kiss sem maquiagem e roupas pretas. É isso o que faz dela uma banda diferenciada. “É o que o público espera de nós”, afirmou o baterista Eric Singer ao Hoje em Dia, nessa quarta (22), por telefone, de Curitiba (PR), onde o grupo se apresentou na terça-feira. O artista ficou impressionado com o comportamento da plateia brasileira nas duas primeiras apresentações da turnê sul-americana, em Florianópolis (SC) e na capital paranaense. “Foi muito louco. As pessoas não se moveram por causa da chuva e continuaram cantando e vibrando. Fiquei impressionado também com o grande número de crianças e adolescentes, alguns com rostos pintados”. A Kiss 40th Anniversary World Tour tem todos os sucessos esperados pelos fãs, como “Rock and Roll All Nite”, “Detroit Rock City”, “Forever” e “Love Gun”. “O público vai encontrar exatamente o que espera: muita energia. Há sempre uma grande expectativa sobre o show do Kiss, que é uma banda que se tornou lendária pela performance no palco”, afirma. Vai e volta Singer, de 56 anos, teve vários momentos na história do Kiss. Começou em 1992, após a morte de Eric Carr, e gravou com o grupo o prestigiado “MTV Unplugged”, mas deixou a banda quando Paul Stanley e Gene Simmons decidiram reunir os integrantes da formação original (Peter Criss e Ace Frehley). Voltou em 2001, dessa vez assumindo a pintura do “Catman”. Passou a valorizar toda a produção visual de cada integrante/personagem como todos os outros. “A pintura do rosto e a produção podem durar uma hora e 15 minutos, como podem chegar a duas horas. Depende de como estamos. Gostamos de ir para o camarim e conversar bastante enquanto nos preparamos. É um momento importante para o Kiss”. Para ele, que já excursionou com Alice Cooper e tocou com muitos artistas famosos (como Brian May e Black Sabbath), o Kiss se destaca pelo profissionalismo com que encara o rock e o espetáculo em torno da música. “Cada banda tem sua particularidade. A do Kiss é ter um alto grau de profissionalismo”. Mesmo que muitos pensem que a vida de um integrante do Kiss possa ser diferente da dos “pobres mortais”, Singer garante que os integrantes são “normais” – apesar do cansaço de encarar uma ponte aérea movimentada. Por sinal, em junho o quarteto deve passar por várias cidades europeias, para depois seguir para a Austrália e outros países distantes. “Nós somos profissionais como qualquer pessoa. Algumas trabalham com comércio, em fábricas, dirigem carros, não importa como. Todos temos trabalho para viver. Eu moro em Los Angeles e lá é possível ver gente famosa fazendo coisas normais a todo momento, como ir a um restaurante e às compras”, diz. Show do Kiss no Mineirinho (avenida Abraão Caram, s/n), nesta quinta, às 21h. Abertura de Steel Panther, às 19h. Ingressos de R$ 100 a R$ 600 O portal Hoje em Dia fará a cobertura em tempo real do show. As postagens começarão às 17h, assim que os portões do Mineirinho forem abertos