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Lançado originalmente há 30 anos, o livro “Lamarca: O Capitão da Guerrilha” ganha sua 17ª edição revista e ampliada. A publicação será relançada amanhã, em BH. No livro da Global Editora, que virou filme em duas ocasiões, os autores, os jornalistas baianos Oldack de Miranda e Emiliano José trazem posfácio com resumo do que aconteceu na Bahia, onde o militar foi assassinado. E incluíram dados da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos. O primeiro filme derivado da obra foi “Portas de Fogo” (do diretor Edgard Navarro), o segundo, “Lamarca” (do diretor Sérgio Rezende, com Paulo Betti e José de Abreu no elenco). Oldack diz que a transposição da história para as grandes telas fez com que o livro fosse redescoberto. “Lançamos em plena ditadura militar. Enfrentamos pressões e algumas ameaças”, lembra, em entrevista ao Hoje em Dia, de Salvador, onde vive. Segundo ele, esta história de Lamarca chegou ao grande público realmente em 1994, com a versão do cineasta de Sérgio Rezende. Também preso na ditadura, Oldack vê como “heróica” a opção do personagem histórico sobre quem discorre no livro. “Foi heróica a opção de Lamarca, foi um dissidente das Forças Armadas que deram um golpe militar e instalaram uma ditadura por 21 anos. Mas a minha ótica é de jornalista. Contamos uma história”, diz. Ditadura Sobre as atuais manifestações para retorno aos tempos ditatoriais, ele não acredita que sejam “hegemônicas”. “Vi muito oportunismo de viúvas da ditadura. Achamos importante estudar o ciclo militar, tanto que decidimos, depois de anos, voltar à pesquisa, rever episódios”. Lançamento da reedição do livro “Lamarca: O Capitão da Guerrilha”, amanhã, às 19h, no Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (av. Álvares Cabral, 400, Centro).