(Divulgação)
Artista que se tornou conhecido nacionalmente nos anos 90 por estar à frente do grupo Art Popular, Leandro Lehart sempre gostou de inovar. Ano passado, decidiu misturar samba com música eletrônica, criando o disco “Sambadelik”, que agora ganha uma versão audiovisual, contando com boa parte do novo repertório e alguns sucessos com roupagens mais modernas.
Em “Sambadélik Ao Vivo”, Lehart conta com várias participações, como Negra Li, Zelão, Netinho de Paula, Anderson Leonardo (do Molejo), Bukassa (artista de origem belga-congolês que assina a direção artística do DVD) e outros. Esse grande número de participações é importante para dar um colorido às misturas que Lehart propõe. “Fiquei um tempão sem lançar disco e queria gravar um trabalho que fosse divisor de águas. Então, usamos instrumentos do samba com a linguagem da música eletrônica para modernizar um pouco a linguagem do samba”, conta Lehart, que nos últimos anos vinha se dedicando ao trabalho de produtor.
Essas misturas já são experimentadas, de alguma forma, por Lehart desde o início da carreira. O segredo está na criação do artista, que envolveu muitas sonoridades amadas na periferia. “Nasci na Zona Norte de São Paulo, a região onde estão quase todas as escolas de samba da cidade. É uma região muito cultural. Na adolescência, eu via um baile de black music acontecer na esquina da rua da minha casa. Esse caldeirão eu sempre carreguei comigo”, diz Lehart.
Ele sabe que colocar a lingua“Hoje as pessoas querem contar e se divertir. Depois elas prestam atenção no conceito. É só você não se isolar artisticamente e o público vai receber bem a novidade”, diz.