Livro mostra como a garota paquistanesa virou inspiração pelo mundo

Patrícia Cassese - Hoje em Dia
12/10/2014 às 09:50.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:35
 (Lucas Sosa)

(Lucas Sosa)

Não poderia ser mais pertinente. Na última sexta-feira (10), a estudante paquistanesa Malala Yousafzai e o indiano Kailash Satyarthi, ativista pelos direitos das crianças, foram anunciados os ganhadores do Prêmio Nobel da Paz deste ano. Em comunicado, o comitê do prêmio afirmou que os dois foram reconhecidos “por sua luta contra a opressão de crianças e jovens e pelo direito de todas as crianças à educação”. De maneira quase premonitória, a Editora Melhoramentos lançou há pouco, no Brasil, o livro “Todo Dia é Dia de Malala”, de Rosemary McCarney, com instituição Plan International.

A obra em questão amplifica ainda mais algumas das questões levantadas por Malala – não por outro motivo, é dedicado às “outras 65 milhões de garotas no mundo atual que não cursaram sequer o ensino fundamental”. O livro é descrito como um tributo a uma jovem mulher notável, inspirado na declaração das Nações Unidas do “Dia de Malala” (12 de julho de 2013, proclamado pela ONU), quando 500 jovens “ocuparam” as Nações Unidas. Eles produziram um curta-metragem registrando meninas em todo o mundo escrevendo para Malala, contando que ela era um símbolo muito importante.

Pois bem, McCarney transportou o vídeo para o formato livro, escolhendo fotos que a Plan International coletou em todo o mundo, para atribuir um rosto a essas meninas. “O charme, a coragem e a convicção de Malala são uma inspiração para todas elas e para todos nós”, diz a autora, nos agradecimentos.

A mais jovem ganhadora do Nobel, você se lembra, foi baleada em 9 de outubro de 2012. Em seu 16º aniversário, em seu já célebre discurso, Malala falou: “Pensaram que as balas nos silenciariam (ela e as colegas). Mas eles fracassaram. A fraqueza, o medo e a falta de esperança morreram. A força, o poder e a coragem nasceram”.
 
E ganharam também outros rostos, mostrados no livro. Como o da menina filipina que, na página 15, sintetiza a imagem da pobreza. Há outros olhares tristes capturados pelas fotos. Mas há, sobretudo, olhares de esperança, sinalizando que a luta da garota pelo direito de as mulheres frequentaram escolas possa, sim, ser bem sucedida.

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