(Ofício das palavras/Reprodução)
Um livro que reúne fatos importantes – da queda de Constantinopla à chegada dos colonizadores ao Brasil. Esse é o percurso histórico de “Os Rios da Vida”, obra da cientista social e escritora Johanna S. P. Ferreira. Embora abrace diversos episódios, o livro se distancia de um olhar academicista e científico e se aproxima de uma narrativa simples, apresentando momentos, crenças e culturas a partir do olhar de uma mãe.
A autora explica que o desejo de criar essa narrativa veio a partir de pesquisas, estudos e viagens feitas pelo mundo. “Senti a necessidade de compartilhar as informações que eu colhi e também de mostrar a forma como vejo as coisas e as conclusões que eu tirei da relação com as pessoas, daquilo que me contaram”, diz.
Explorando temas como geografia, artes, cultura e a própria história da humanidade, a autora busca ressaltar a relação entre passado, presente e futuro.
“Quero mostrar como a história se conecta com o momento atual e como ela se repete. É importante conhecer o passado para se navegar no presente”, acredita. Sem seguir uma ordem cronológica, Johanna aposta na interligação entre fatos, palavras e momentos para organizar a obra, que detalha e descreve além de acontecimentos, os costumes e características de diferentes países, cidades, e tribos espalhadas pelo mundo.
OLHAR MATERNO
Na avaliação da própria autora, o ponto de vista maternal na narrativa traz mais empatia à obra. “É um olhar que tem muito da dor enorme de uma mãe diante dos acontecimentos históricos que já vivemos. Diante das tragédias, das guerras, da fome”, afirma.
Sob essa ótica, a escritora tenta apontar os possíveis rumos para que a sociedade atual que não repita os vários erros já cometidos ao longo da História.