Longas marginais serão exibidos no cine 104 nesta terça-feira

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
26/06/2017 às 21:09.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:16
 (Divulgação )

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O nome pode assustar um pouco quem não conhece o projeto, mas o “Cinelixo” já existe há mais de um ano, sempre exibindo filmes do cinema brasileiro que não tiveram destaque na época do lançamento ou permanecem pouco conhecidos do público.

Esse é o caso de “Império do Desejo”, longa dirigido por Carlão Reichenbach, lançado em 1981, que marca a estreia da nova “casa” do projeto: o Cine 104. A exibição acontecerá nesta terça-feira (27), às 20h45, com entrada franca e comentário do diretor Flávio von Speling.

É organizado por um grupo de alunos da Escola Viva, no Cidade Jardim, que queriam extrapolar as discussões sobre cinema brasileiro na sala de aula. “A gente sentiu falta de um espaço para ver esses filmes e criamos o cineclube”, explica Maria Trika.

Marginalizados

Embora o nome “Cinelixo” remeta imediatamente às produções da Boca do Lixo, feitas nas décadas de 70 e 80 em São Paulo, Maria registra que a ideia é apresentar filmes que “estão à margem”, independentemente do movimento e da época.

As primeiras sessões do cineclube aconteceram no Museu Abílio Barreto. Depois teve uma curta passagem pela Casa do Jornalista. “A mudança para o Cine 104 possibilita a presença de mais espectadores, por estar numa região central”, afirma Maria.

Na raça

Os filmes são baixados da internet, o que dá um caráter ainda mais marginal ao projeto. “Fazemos na raça, sem qualquer intenção de lucro. Infelizmente, não temos dinheiro para exibir em película”, explica Maria, que faz a curadoria com outras cinco pessoas.

A ideia de levar um pesquisador ou cineasta para comentar os filmes após as sessões, sempre na última terça-feira do mês, está ligada à vontade de se aprofundar no exercício do cinema. “O legal não é só assistir, mas comentar e debater”.

“Império do Sentido” – Cineclube “Cinelixo”. 
No Cine 104 (Praça Rui Barbosa, 104 – Centro). Comentário de Flávio von Speling. Entrada franca.

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