Marcos Frederico e Leonardo Brant lançam disco

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
03/06/2016 às 17:40.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:44
 (Leandro Paiva/Divulgação)

(Leandro Paiva/Divulgação)

Vencedor este ano do Concurso de Marchinhas Mestre Jonas com “Não Enche o Saco do Chico”, o músico Marcos Frederico pode dizer que o certame lhe rendeu muito mais do que um prêmio. Foi justamente o concurso que motivou o encontro dele com o compositor Leonardo Brant, com quem lança hoje o belo disco “Mata Hari”. 

Vamos à história: Leonardo, que é professor de Direito e não trabalhava com música há algum tempo, sonhou com uma canção e decidiu gravá-la, para depois inscrevê-la no concurso de marchinhas. Foi seu irmão quem indicou o estúdio de Marcos Frederico.

Os dois acabaram se tornando amigos e, regularmente, Leonardo passou a visitar o estúdio com novas ideias, que logo eram transformadas em parcerias. Não houve planejamento, mas logo viram que tinham o material de um disco em mãos. 

O interessante é que o disco se tornou uma espécie de viagem pelo mundo, com arranjos inspirados em gêneros de diferentes lugares (tango, jazz, música mexicana...), com direito a letras escritas em quatro idiomas – além do português, Leonardo escreveu em inglês, francês e espanhol. Algo tranquilo para ele, já que morou na França e nos Estados Unidos.

“Fizemos o disco bem à vontade, de forma tranquila, e o resultado foi um som maduro, sem a pretensão de ter vínculo a algum estilo. É um som livre”, conta Leonardo Brant, que já planeja um segundo álbum com Marcos.

Meu corpo é um oceano/de virtude, castigo e vício/ um precipício que em ti derrama/ meu sangue, meu ouro e meu lixo” - Trecho de “Meu corpo”

Dono de uma voz rouca – que lembra muito o jeito do canadense Leonard Cohen –, Leonardo tocou em banda de rock nos anos 80 e já teve livros de poesia publicados e premiados. O ecletismo, que já fazia parte dos trabalhos da juventude, se acentuou mais depois que viajou para outros países como pesquisador da área do Direito.

Planos
“Mata Hari” é o segundo disco consecutivo que Marcos Frederico faz em parceria com um letrista – ano passado ele lançou o ótimo “Universo Carapuça” com Lucas Fainblat – que, coincidentemente, também o procurou por conta de uma marchinha. “Eu sou aberto a todo tipo de música. Quando é feita com o coração, o resultado fica muito bonito”, diz o bandolinista. 

Segundo ele, o disco “Mata Hari” tem potencial para viajar pelo Brasil (há um projeto aprovado na Lei Rouanet ainda não captado) e pelo exterior. Enquanto isso não acontece, ele dá continuidade às gravações de um novo CD solo: “Carnaval Cigano”. 

Serviço:

Show de lançamento do disco “Mata Hari” no Café com Letras do CCBB (Praça da Liberdade, 450), sábado (4), às 20h. Entrada gratuita


OUTROS LANÇAMENTOS

Bob Dylan

“Fallen Angels” traz 12 gravações inéditas de clássicos da música norte-americana que ganham versões novas com vocais e arranjos de Dylan. Aqui, ele canta Johnny Mercer, Harold Arlen, Sammy Cahn, Carolyn Leigh...

Zé e Arthur

O compositor e vibrafonista Arthur Dutra e o saxofonista Zé Nogueira lançam o primeiro trabalho em parceria, “Encontros”. Com participações das vozes de Guinga e Lorrah Cortesi, além do pandeirista Marcos Suzano. 

Fernando temporão

Os discursos políticos que permeiam o cotidiano são a inspiração para “Paraíso”, segundo álbum de Fernando Temporão, que foi produzido por Kassin. Há parcerias com Ava Rocha, César Lacerda e outros de sua geração. 

Ben Harper

Quase nove anos depois, o cantor Ben Harper e o grupo The Innocent Criminals voltam a gravar juntos: como resultado o álbum “Call It What It Is”, disco entre o pessoal e o político. Destaque para a faixa-título e “Pink Ballon”. 

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