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Matt Damon é um astronauta que, abandonado em Marte, tenta sobreviver na nova epopeia em 3D dirigida pelo cineasta americano Ridley Scott e que é a grande atração nesta sexta-feira do Festival de Toronto, que também apresentará o novo documentário do controvertido Michael Moore.
Adaptado do livro homônimo do americano Andy Weir, a obra de ficção científica com pitadas de realismo "Perdido em Marte" conta a solitária aventura de Mark Watney, um astronauta da Nasa. Durante uma missão em Marte, Mark é flagrado por uma tempestade de areia e é considerado morto por sua tripulação, chefiada pela comandante Melissa Lewis (Jessica Chastain), que volta rapidamente para a Terra.
Ao se ver sozinho terá que usar todos os seus conhecimentos científicos para tentar sobreviver enquanto espera um possível resgate. "Perdido em Marte", com estreia prevista para outubro, segue a linha de filmes ambientados no espaço.
Entre eles, estão o impressionante "Gravidade" (2013), do mexicano Alfonso Cuarón, um thriller de grande sucesso lançado em 3D com George Clooney e Sandra Bullock, e "Interestelar" (2014), de Christopher Nolan, sobre a conquista do espaço com Matthew McConaughey, Anne Hathaway, Jessica Chastain e Matt Damon.
"Baseado na ciência"
O diretor de "Alien" e "Blade Runner", Ridley Scott, se volta aqui para a ficção científica, mas de uma forma totalmente diferente. O filme, assim como o livro, procura se mostrar o mais próximo possível dos avanços científicos atuais, specialmente dos cenários de exploração em Marte que a Nasa planeja. "Quando Andy Weir escreveu o livro, queria que estivesse realmente baseado na ciência", explicou Matt Damon. "As soluções que esse homem encontra para sobreviver são realmente aquelas que deveria recorrer nessa situação. A obra está completamente baseada na ciência e essa é a parte divertida. Não é ficção científica, é algo próximo", afirmou o ator de 44 anos.
Para ele, estar sozinho durante parte do filme "era o principal desafio da história". "Queria aprender coisas sobre os viajantes do espaço", afirmou a atriz Jessica Chastain, dizendo que se inspirou em uma astronauta que conheceu em Houston, onde esta a sede de controle da Nasa para voos habitados.
A volta de Moore
Outro grande protagonista da jornada desta sexta-feira em Toronto é o polêmico documentarista americano Michael Moore, que volta às telas com "Where to invade next?", apresentada em pré-estreia mundial.
Trata-se de seu primeiro filme desde o documentário de seis anos atrás sobre o sistema capitalista: "Capitalismo: Uma história de amor". Na nova obra, de qual foram revelados poucos detalhes, ele fala sobre a lógica militar americana, com uma forte crítica ao imperialismo.
"Where to invade next?" é o filme "mais provocador e hilariante" de Moore, segundo os organizadores do festival.
O Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF), que começou na noite de quinta-feira com a projeção do último filme do canadense Jean-Marc Vallée ("Demolition"), será realizado até o dia 20 de setembro e conta com cerca de 400 filmes de 71 países.