Morre argentina Aída Bortnik, roteirista de "A História Oficial"

Folhapress
29/04/2013 às 16:18.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:16

SÃO PAULO - Aída Bortnik, roteirista de "A História Oficial" (1985), o primeiro filme argentino a ganhar um Oscar, morreu aos 75 anos em Buenos Aires, informou a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas da Argentina.

Bortnik alcançou sua fama em Hollywood e em Cannes com "A História Oficial", dirigido por Luis Puenzo, que levou o Oscar de melhor filme estrangeiro e o Prêmio de Melhor Atriz para Norma Aleandro no Festival de Cannes.

Escritora e jornalista, nasceu na capital argentina em 7 de janeiro de 1938 e desde 1972 escrevia roteiros para TV, cinema e teatro.

Trabalhou como jornalista na revista Primera Plana e no jornal La Opinión, entre 1967 e 1976, quando precisou se exilar na Espanha.

Comprometida com a realidade social e política de seu país, nos anos 70, militou no teatro e, depois do exílio, foi uma das criadoras do movimento Teatro Aberto, uma reação contra a asfixia cultura do regime militar (1976/83).

Mas seu maior sucesso foi no cinema, onde roteirizou "La tregua" (1974, indicada ao Oscar), "Crecer de Golpe", "Volver", "Pobre Mariposa", "Tango Feroz", "Caballos Salvajes" e "Cenizas del Paraíso".

Também escreveu "Gringo Viejo", filme americano de 1989 dirigido por Puenzo e baseado em romance homônimo de Carlos Fuentes.

Em 1986 se converteu na primeira escritora latino-americana a ser designada membro permanente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.

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