HAIA - O museu Anne Frank de Amsterdã defendeu nesta segunda-feira (15) Justin Bieber da onda de críticas contra o jovem cantor canadense, que afirmou após uma visita ao local que teria gostado de ter entre suas fãs a jovem judia morta em um campo de concentração.
"Pensamos que o que é preciso lembrar é que um jovem de 19 anos veio à Casa de Anna Frank e passou uma hora na noite de sexta-feira quando poderia ter feito outras coisas em Amsterdã", declarou à AFP Maatje Mostart, porta-voz do museu. "Estava muito interessado. É muito mais importante que todo o debate que vemos agora", acrescentou.
Justin Bieber estava de passagem por Amsterdã para um show de sua turnê europeia e visitou, na noite de sexta-feira (12), a Casa de Anne Frank, onde a jovem judia e sua família se esconderam durante a Segunda Guerra Mundial, antes de serem capturados pelos nazistas.
Anne Frank é famosa mundialmente por seu diário, no qual contou de maneira emotiva os dois anos em que passou no centro de Amsterdã escondida em uma casa transformada em museu e que faleceu aos 15 anos no campo de concentração de Bergen-Belzen, no norte da Alemanha.
Ao fim de sua visita, Justin Bieber escreveu no livro de visitas do museu que "foi verdadeiramente inspirador ter podido vir aqui. Anne foi uma menina ótima. Com um pouco de sorte, teria sido uma belieber", fã do cantor, o que valeu ao jovem uma grande quantidade de críticas, em particular no Facebook.
"É algo estúpido e não muito inteligente", disse à AFP a diretora do Centro de Informação e Documentação sobre Israel, Esther Voet, a respeito dos comentários do canadense.
O Diário de Anne Frank conta de maneira pungente os dois últimos anos vividos pela menina com sua família em um esconderijo no centro de Amesterdã. Ela morreu em 1945, aos 15 anos de idade no campo de concentração de Bergen-Belsen, no norte da Alemanha.
Um internauta comentou em seu Facebook que o recado deixado pelo cantor no livro de visitas é de uma "estupidez crassa".
"Eu não consigo entender como é que alguém, mesmo um adolescente tão famoso como ele, pode deixar a Casa de Anne Frank sem a menor noção de história, do Holocausto, das coisas indizíveis feitas a tantas pessoas inocentes", escreveu outro.