Programação do jubileu inclui montagem baseada no best-seller "Feliz Ano Velho", de Marcelo Rubens Paiva, também autor de "Ainda Estou Aqui"
Se o passado é motivo de muito orgulho, para a Orquestra Ouro Preto o futuro é promissor. Sob a regência do maestro Rodrigo Toffolo, o grupo mineiro celebra 25 anos de história anunciando projetos sustentados pelas marcas registradas do trabalho hoje reconhecido no Brasil e mundo afora: excelência e versatilidade para unir a tradição da música de concerto a novas abordagens artísticas, como em apresentações nas areias de Copacabana (RJ).
Sob a regência do maestro Rodrigo Toffolo, Orquestra Ouro Preto celebra 25 anos de história (Rapha Garcia/ Orquestra Ouro Preto)
Os festejos do jubileu de prata já começaram em janeiro, com uma turnê pela Europa, e trazem como uma das grandes novidades da temporada 2025 a montagem de uma ópera - a terceira da orquestra - baseada no best-seller “Feliz Ano Velho”, de Marcelo Rubens Paiva, autor também do livro “Ainda Estou Aqui”, cuja adaptação para o cinema garantiu Oscar e Globo de Ouro ao Brasil.
O espetáculo terá participação especial do compositor, cantor e pianista brasileiro Arrigo Barnabé. Antes da apresentação na capital mineira, a estreia será mais uma vez em Copacabana, em junho, onde cerca de 10 mil pessoas já acompanharam a montagem de “O Auto da Compadecida”, em 2023.
Ainda não há agenda definida para Belo Horizonte, mas a previsão é agosto. Tim Rescala assina música e libretos da nova montagem, assim como ocorreu com “O Auto….” e “Hilda Furacão”, que voltará ao palco do Palácio das Artes neste ano.
“Esses 25 anos foram de desafios e surpresas constantes. Nunca nos acomodamos”, pontua Toffolo, regente titular e diretor artístico da OOP. “Desde o início, com um grupo formado por irmãos e amigos, não imaginávamos que chegaríamos tão longe, mas sempre acreditamos na força da música e no poder dos grandes encontros”, acrescenta o maestro, que tem três dos quatro irmãos ao lado dele na formação musical.
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Outra novidade da programação, que propõe revisitar os maiores feitos da Orquestra e firmar novas parcerias e colaborações, é o aclamado e premiado concerto “Valencianas”, que reverencia a obra do pernambucano Alceu Valença. Os públicos de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte terão a oportunidade de apreciar a obra em locais públicos - Ibirapuera, Praça Mauá e Praça da Liberdade, respectivamente. Na capital, a data prevista é maio.
“Valencianas”, aliás, foi o espetáculo que passou por sete endereços icônicos na recente turnê europeia da Orquestra Ouro Preto, como o Cavern Club, em Liverpool (Reino Unido), onde os Beatles tocaram centenas de vezes. Vale destacar que a banda também já foi homenageada pela OOP.
“Nos tornamos referência em vários polos. Chamamos a atenção para outros grupos e inspiramos soluções para o trabalho de outras orquestras”, ressalta o maestro Rodrigo Toffolo. “É muito gratificante também olhar pra trás e reconhecer a importância do trabalho de formação de público”, celebra.
Para marcar o início das celebrações dos 25 anos no Brasil, nesta sexta-feira (21) chega às plataformas digitais o 22º álbum da OOP. Batizado “Orquestra Ouro Preto: Villa Lobos, Piazzolla e Mehmari”, o trabalho reúne interpretações de grandes compositores brasileiros e internacionais.
Parceria da OOP e do Sesc Palladium, onde a orquestra “reside”, a série Domingos Clássicos completa uma década. Na abertura da temporada 2025 o projeto que lota o teatro com apresentações a preços populares homenageia o cofundador do grupo, Rufo Herrera, compositor e bandoneonista argentino hoje com 92 anos de muito talento. Vale à pena conferir! Será dia 23, às 11h (rua Rio de Janeiro, 1046 - Centro de BH). Ingressos à venda no Sympla e na bilheteria do teatro.
Cofundador do grupo, o compositor e bandoneonista argentino Rufo Herrera, de 92 anos, será homenageado (Rapha Garcia/ Orquestra Ouro Preto)
Os 25 anos da Orquestra Ouro Preto também serão comemorados em apresentações por todo o país. Já estão confirmados concertos no Rio Grande do Norte, Bahia, Paraná e Amazonas - além de Rio e São Paulo. O interior mineiro não está fora da programação. Uma turnê levará o espetáculo “Lendas do Rock”, também um grande sucesso na trajetória da OOP, a diversas cidades, com versões orquestradas de clássicos de Guns N’Roses, Led Zeppelin, Deep Purple, Metallica e outros.
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