Quando resolveram criar uma página no Facebook com brincadeiras sobre a autoria de letras de música de cantores populares, as amigas e colegas de profissão Thais Castro e Nana Caê não imaginavam que o “projeto” se tornaria tão popular. Em cinco meses, a “Poderia Ser” já foi curtida por mais de 85 mil pessoas.
A ideia de criar a página, segundo Thais, foi uma sugestão de Nana. “Ouvi uma música do Raça Negra e pensei que poderia ser um trecho de uma letra do Chico Buarque. Fiquei com aquilo na cabeça e, quando cheguei em casa, fiz o banner e postei no meu perfil pessoal”. Nana gostou tanto da ideia que disse à amiga para criar a página e se propôs a ajudar nas postagens.
Desde que a página entrou no ar, no dia 1º de abril, já foram publicados mais de 160 banners. Cada um recebe, em média, mil curtidas. No início, Thais e Nana postavam todos os dias, mas com a correria do dia a dia – as duas trabalham em uma agência de publicidade em Goiânia –, passaram a postar até duas vezes por semana.
O primeiro banner, que cita o trecho de uma música da banda Raça Negra, mas que poderia ser de Chico Buarque, foi compartilhado por mais de 2 mil usuários. Uma frase do hit “Xibom Bombom”, música que lançou o grupo As Meninas, mas que poderia ser de Karl Marx, foi uma das preferidas do público. Foram mais de 3.500 “curtidas” e mais de 4 mil compartilhamentos.
Elogios e críticas
Sobre a repercussão das publicações entre os artistas, Thais conta que a equipe do Raça Negra já compartilhou um banner da “Poderia Ser” na página própria da banda e ainda fez um elogio.
Outra vez, a dupla recebeu um retorno negativo da publicitária e blogueira Tati Bernardi. “Recebemos como sugestão uma comparação entre uma música da dupla Clayton e Camargo e uma frase dela. Ela soube e não gostou. Bateu boca, quis se defender. Não entendeu a brincadeira”, lamenta.
Mas nem só de música é feita a página “Poderia Ser”. Ao longo desses cinco meses, Thais conta que os temas das postagens ficaram variados. “Postamos sobre cultura em geral, música, cultura popular, casamento gay, manifestações. Enfim, tudo o que está na mídia”, completa.