"Pavarottizinho" desponta em BH e se torna “parceiro” constante de Marcus Viana

Jaqueline da Mata - Hoje em dia
07/11/2013 às 06:41.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:58
 (Eugênio Moraes)

(Eugênio Moraes)

Vitor Monnerat tem só 15 anos, mas já dividiu o palco com expoentes do Clube da Esquina e se tornou “parceiro” constante do compositor e multi-instrumentista Marcus Viana. De origem humilde, a música está abrindo portas para o carioca de nascença, mas mineiro de coração – mudou-se para Belo Horizonte antes de completar dois anos – que canta choro, tirando de letra os intervalos criados para os instrumentos, além de grande abertura para a MPB.    Com um aparelho vocal para lá de privilegiado, o jovem cantor demonstra uma dicção impecável em suas interpretações. No momento, ele aguarda aprovação da Lei de Incentivo à Cultura para gravar o primeiro CD.   “É um talento natural, um Pavarottizinho. Tem dom para a MPB que, em geral, é bem difícil para crianças, por requisitar muito ritmo. Me sinto privilegiado por pessoas como ele se aproximarem de mim”, elogia Viana, ressaltando que a voz de Monnerat não precisa de tratamento em estúdio. “Do jeito que grava, vai”.   Ao lado de Marcus Viana (famoso por lançar novos talentos como Paula Fernandes), Vitor viveu um momento inesquecível: acompanhado por ele, ao piano, cantou o Hino Nacional na festa de inauguração do Sesc Palladium, em agosto de 2011.   Grande incentivadora do filho, Simone Monnerat lembra bem desse dia. Toninho Horta e os irmãos Borges se disseram impressionados com Vitor. “Fafá de Belém elogiou muito meu filho, pediu até para tirar foto com ele”, comenta Simone.   O violonista Hudson Brasil, proprietário da escola “Brasil com S”, onde Monnerat estuda canto e violão há cinco anos, enfatiza que a voz do garoto é de rara precisão. “Ele sabe colocá-la, mesmo vivendo a transição da puberdade. Não desafina”, salienta. “Ele queria cantar sertanejo, mas quando o apresentei a outros gêneros musicais foi encantamento imediato. É impressionante sua sensibilidade, sua abertura para aprender”, destaca Brasil.   Teatro para se soltar   Fã de samba, chorinho e música clássica, o garoto se sentia um pouco inibido no palco. Por isso, acatou a sugestão de fazer teatro, para “se soltar mais”. Hoje, concilia música e artes cênicas – e ainda consegue se destacar nos estudos, aproveitando ao máximo as bolsas que ganhou do Pitágoras e do Luziana Lanna. “Ele precisa aprender inglês. E faz questão de estudar muito”, destaca a mãe.    A agenda apertada e os holofotes não deixam Vitor estressado. Nem afetado. Ao contrário, ele mantém bom humor e alegria contagiantes: “A música tem me dado oportunidades bacanas. Gosto de cantar de tudo um pouco, o importante é passar emoção. Meus pais sempre me incentivam muito e me disseram para escolher o que eu gostava de verdade. E eu gosto é de cantar”, garante Vitor.   E essa entrega, segundo sua professora de canto, Lígia Jacques, é nítida. “Além da qualidade vocal, Vitor canta com emoção”, comenta.    Concurso rendeu convites   Foi cantando “Tico-Tico no Fubá”, de Zequinha de Abreu, que Vitor Monnerat venceu o concurso de Talento Mirim do Sesc.  Em seguida, foi chamado a cantar o Hino Nacional na inauguração do Sesc Palladium, no mesmo palco onde Milton Nascimento e outros expoentes do Clube da Esquina também se apresentaram. Tudo o que o jovem cantor já fez pode ser visto no YouTube.

 

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