Percussionista mineiro Abel Borges lança álbum 'Alafiá'

Da Redação
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26/06/2021 às 13:46.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:16
 (MAIARA TAÍSA/DIVULGAÇÃO)

(MAIARA TAÍSA/DIVULGAÇÃO)

O percussionista mineiro Abel Borges lança neste sábado (26) o disco "Alafiá", disponível nas plataformas digitais. O álbum é uma celebração à percussão brasileira e marca a estreia da carreira solo do músico.

Durante 20 anos de estrada, ele compôs e tocou com diversos grupos e artistas, construindo uma parceria sólida com o grupo Toca de Tatu, onde está há 10 ano,além de mesclar estudos formais à música popular e à luthieria. 

Antes mesmo de ser lançado, “Alafiá - palavra que traduz o desejo de felicidade, prosperidade e longevidade entre os povos -, já rende frutos para Abel, finalista do Prêmio BDMG com faixas do disco. O álbum começou a ser composto durante a pandemia, ao longo de um ano de processo de composição, e agrega a experiência profissional e as influências musicais as quais Abel absorveu nestas duas décadas na música. Coerentes com uma identidade híbrida e diversa do músico, as faixas trazem diferentes inspirações e estilos, como o choro, o baião, o ijexá e o lundu. 

“Depois de toda essa trajetória, chegou o momento de expor este amadurecimento musical que veio à tona na criação. Componho desde sempre, mas não apresentava dessa forma como faço agora. Minhas composições trazem muito da minha história musical, melodicamente, harmonicamente, ritmicamente. São 12 faixas que expressam muito do que já fiz, desde o choro, sambas de roda, terreiros de umbanda e candomblé, estudos afro-cubanos, com uma estética moderna e não estereotipada. É também um agradecimento à natureza e uma homenagem aos orixás”, registra. 

Vindo de uma família de músicos, Abel começou a estudar piano aos oito anos e trabalha com música desde os 14. Sua trajetória inclui o Conservatório de Música da UEMG, o Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado e a UFMG, unindo os estudos eruditos à música popular. 

“Eu optei pela percussão por causa das influências dos sambas, dos estudos das músicas latino-americanas e dos terreiros da umbanda e do candomblé que me encantavam desde novo. O que me chamou para a música foi, principalmente, o som dos tambores. Tentei juntar a parte acadêmica e o estudo com a cultura popular. A música da rua foi minha grande escola”, comenta o músico. 

Paralelamente aos estudos formais, Abel tocava em rodas de samba com artistas populares, o que lhe configurou um hibridismo de linguagens. Outra grande escola é o grupo Toca de Tatu, de que ele participa desde a fundação em 2011. A pesquisa do grupo é caracterizada pela junção dos conhecimentos popular e acadêmico, com um repertório instrumental vasto que vai além do choro e contém composições de Abel. 

Em “Alafiá”, as diferentes habilidades artísticas de Abel se convergem: compositor, arranjador, percussionista e violonista. Para arranjar o álbum, ele convidou Lucas Telles, integrante do Toca de Tatu, também parceiro em uma das composições e guitarrista/ violonista no disco. Também participam do trabalho os músicos Alexandre Andrés (flautas), Marcelo Caldi (acordeon), Kiko Mitre (contrabaixo), Lucas Ladeia (cavaquinho), Luísa Mitre (piano e teclados) e Natália Mitre (vibrafone). 

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