Poesia e história marcam o turismo pela charmosa Lisboa

Paulo Leonardo - Hoje em Dia
05/06/2013 às 10:23.
Atualizado em 20/11/2021 às 18:51

Há mais de 500 anos, os portugueses desbravaram os sete mares em busca de novos mundos e mais riquezas. Numa dessas, descobriram o Brasil e também o caminho das Índias. Agora, com a crise que o Velho Mundo vive e com os preços por lá caindo, os brasileiros fazem o caminho inverso e descobrem Portugal. Uma descoberta recheada de lirismo e melodias.

As letras de dois famosos fados (“Raízes” e “Gaivota”, imortalizados por Amália Rodrigues) resumem bem o sentimento de quem vive ou visita Portugal. “Velhas pedras que pisei / Saiam de vossa mudez / Venham dizer o que sei / Venham falar português. / Sejam duras como a lei / E puras como a nudez”. “Se uma gaivota viesse / trazer-me o céu de Lisboa, / no desenho que fizesse, / nesse céu onde o olhar / é uma asa que não voa, / esmorece e cai no mar”.

Palavras que traduzem um pouco da alma lusitana, aquela que se lançou destemidamente aos mares nunca d’antes navegados, abrindo ao Ocidente o Japão, as Índias e o nosso Brasil; que se banhou em melancolia no Tejo, no Douro e no Atlântico; distribuiu poesia e lirismo pelos quatro cantos; deu ao mundo Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral, Camões, Eça de Queiroz e Fernando Pessoa; se mudou para nosso país há 200 anos; nos seduziu com o bacalhau, as migas e o porco preto do Alentejo; e nos embebedou com vinhos dos deuses.


De volta às raízes

Viajar para Portugal, para os brasileiros, é como voltarmos às nossas raízes, mergulharmos no nosso próprio espelho. Estamos em casa, à vontade. Mas prontos e curiosos para descobrirmos e nos deliciarmos com as semelhanças e as diferenças que existem entre nós.

Lisboa, à primeira vista, oferece aos brasileiros aquela sensação de “déjà vu”, graças à arquitetura barroca, aos casarões do século XVIII, ao aspecto físico de seus habitantes e, claro, à língua.

No caso da arquitetura, isso é facilmente explicável: nossas cidades históricas (como Ouro Preto, Salvador, Olinda, Tiradentes, e o Centro Histórico do Rio de Janeiro) exibem arquitetura trazida pelos portugueses, com algumas adaptações de acordo com o clima e também com o momento político e econômico. Muitas igrejas do nosso interior, por exemplo, têm apenas uma torre, pois as que têm duas pagavam mais impostos à Coroa.

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