Pop, Adélia Prado abre Sarau do Memorial Minas Gerais Vale

Miguel Anunciação - Do Hoje em Dia
21/01/2013 às 09:37.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:50
 (Arquivo Hoje em Dia)

(Arquivo Hoje em Dia)

Adélia Prado abre a programação do Sarau do Memorial Minas Gerais Vale, no domingo (27). A escritora de Divinópolis falará ao público sobre sua obra, sobre inspirações poéticas, em dois horários, às 11 horas e às 13 horas.
 
Portanto, os 40 lugares da Casa da Ópera do Memorial, que integra o Circuito Cultural da Praça da Liberdade, serão disputadíssimos: além de a entrada ser franca, a primeira sessão será fechada para convidados. Por isso, o Memorial providencia a transmissão direta do sarau até o auditório, que pode acomodar mais 80 pessoas.

Considerada pelo poeta Wagner Merije "a grande dama da poesia em Minas" e "uma das grandes damas vivas da poesia brasileira", Adélia deve ser uma das mais populares poetas nacionais de hoje e sempre. Poeta e pop, reverenciada pelo grande público. É mais que motivo para que se desloque da sua cidade até a capital para abrir o projeto.

Plugado em Minas

Radicado há sete anos em São Paulo, mas continuamente plugado à poesia escrita em Minas, Merije considera a poesia "uma linguagem difícil de inserir no mercado e no dia a dia". Um dom que se apura depois dos 30 anos, por isso, os escalados pelo projeto que coordena virão de variadas regiões, tendências e gerações. Os primeiros serão Adélia e seu genro, o ator Jorge Emil, Ricardo Aleixo, Guiomar de Grammont e Luciana Tonelli. Todos têm mais de 30.

Réplica da obra

O Sarau acontecerá todo último domingo do mês, sempre em dois horários, com entrada franca. Em função da demanda prevista, só o primeiro será transmitido. Todos estarão na Casa da Ópera do Memorial, réplica do espaço homônimo de Ouro Preto, o mais antigo teatro da América do Sul.

Alguns convidados podem contar com participações especiais de bailarinos, músicos e videomakers. “Ir além das palavras”, projeta Merije, que sonha a publicação impressa destes ricos programas.

Gratuitamente também, o Memorial prevê ainda receber eventos das tradições culturais mineiras, como o folclore, inclusive do interior. Uma vez por mês. E exposições de fotografias que venham ilustrar o Café Temático, ocupado neste instante por Guto Muniz, mais reconhecido fotógrafo das artes cênicas em Minas.

Iniciativas intensificam diálogo com as artes e a comunidade

Nem os museus são mais os mesmos, muito menos como antigamente. A lógica mudou: em vez de acumular antigas referências, aglutinam ideias, pensamentos. Privilegiam a dinâmica, outro diálogo com as artes e a comunidade, se abrem às iniciativas que venham a ocupá-lo.
Assim é com o Memorial, que além da poesia, das tradições e da fotografia, também cede espaços às artes plásticas, à performance e às mídias eletrônicas. Sem jamais cobrar ingresso.

Para selecionar seis artistas mineiros, que venham integrar quatro exposições ao longo ano, um edital será lançado no site do Memorial Vale na próxima sexta, dia 25.

O edital é exclusivo a quem tem até 30 anos e por isso teria mais dificuldades em escoar sua produção. Esta pode ser efetivada em qualquer suporte, desde que seja contemporânea. Paralelas às exposições, serão organizados encontros do público com curadores e artistas.

Atrair os jovens

Objetivando "oxigenar a programação", sobretudo nos espaços em torno do Memorial, estão previstos para todo terceiro sábado do mês, entre fevereiro e julho, as apresentações de 12 artistas locais e nacionais. A curadoria é de Marco Paulo Rolla e inicia dia 23 de fevereiro.

A mesma tentativa de atrair um público mais jovem, os visitantes da Praça da Liberdade, o Happy Hour do Memorial projetará imagens de artistas visuais nas paredes laterais do Memorial, enquanto Djs pilotam vitrolas. A intenção é promover um clima lounge, descontraído. E deve ocorrer em épocas específicas, das 18 às 22 horas.
 
Ainda sujeita a ajustes, conforme o que o público vier a manifestar em pesquisas já encomendadas, a programação do Memorial em 2013 está garantida. Recorrer aos R$ 500 mil já captados através da lei federal Rouanet. Outros aportes podem ocorrer ao longo deste ano, diz Wagner Tameirão, ex-Teatro Alterosa, gerente do Memorial Minas Vale.


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