(Luiza Mariz/Divulgação)
E assim se passaram 12 meses. Na verdade, um pouquinho mais. Foi em novembro de 2013que a mineira Amanda Bruno lançou, durante a Balada Literária, em São Paulo, seu livro de estreia, “por aqui” (editora E[/LEAD]dith). A receptividade não poderia ter sido mais positiva – tanto que a tiragem limitada acabou se tornando um problema, restringindo a circulação da obra que dá vazão ao veio poético da moça, de 23 anos. Nada que o tempo não pudesse resolver. Hoje, Amanda lança “por aqui”, com o perdão do trocadilho infame, por aqui: mais precisamente, no Sesc Palladium (av. Augusto de Lima, 420), das 19h30 às 22h, dentro do projeto “Acervo Literário”. Com direito a leitura de poesias. Mas antes de falar do agora, vale retroceder um pouco no tempo: a publicação e o lançamento na Balada Literária foram o prêmio pelo primeiro lugar alcançado no concurso “Só Para Poetas”, da Edith (encabeçada por Vanderley Mendonça e Marcelino Freire”), e que aconteceu entre março e abril de 2013, com o objetivo de publicar o livro de estreia de um poeta. Na primeira fase, mais de cem participantes de todo o país enviaram dez poemas de sua lavra, devidamente lidos e avaliados pelos membros do coletivo Edith. Dez se classificaram para a final, em São Paulo. Eles leram três poesias para a plateia e jurados – ninguém menos que Angélica Freitas, Marcelo Montenegro e Paulo Scott. Cinco se classificaram para a segunda fase, que sagrou Amanda, então com 21 anos, como vencedora. Detalhe: por unanimidade. A obra traz 47 poemas escritos entre 2009 e 2013. “O que orientou um pouco a seleção foi a presença da cidade na vida da população, uma presença às vezes sufocante, por conta da pressão do tempo, dos horários”, explica Amanda, que nem titubeia ao ser instada a falar da capital mineira. “Nossa, gosto muito, mas também sofro com os problemas cotidianos”. Para citar um exemplo, ela desistiu de ir de bicicleta de sua casa, situada em Nova Lima, ao Campus UFMG, onde estuda Letras, por já ter sido assaltada – e mais de uma vez.