Priscila Freire reedita o elogiado livro ‘Conversa de Corpo’

Patrícia Cassese - Hoje em Dia
12/04/2014 às 09:56.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:05
 (Divulgação)

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É com alegria assumida que Priscila Freire constata que o conteúdo do livro “Conversa de Corpo”, que lançou em 1983, continua atual, pertinente. O que mais do que justifica sua reedição, agora, pela Editora Miguilim – com direito a manhã de autógrafos, hoje, a partir das 11h, no Café com Letras (rua Antônio de Albuquerque, 781, Savassi). “O livro foi construído com uma linguagem moderna, o fato de ser reeditado agora não tira absolutamente a força que pretendia ter quando o Instituto Nacional do Livro o adquiriu”, analisa ela, cujo nome reverbera na cidade tanto por sua passagem pela vereda da educação artística quanto pelo trabalho com cinema, televisão e, especialmente, teatro; não computado aí a atuação na museologia, à frente de instituições como o Museu de Arte da Pampulha.   Antes de seguir em frente, vale um recorte no tempo, de volta aos anos 80. “Conversa de Corpo” é fruto da experiência de Priscila com o trabalho de expressão corporal no final da década de 1970, quando fundou e deu aulas no antigo Teatro Escola da Cruz Vermelha, porões do Teatro Marília À época, a casa editorial que a convidou queria um livro que levasse a criança ao movimento corporal. “Como já tinha uma experiência de expressão corporal, que usava para o exercício de atores e que, de certa forma, era muito nova na época, fui convidada. Esse livro nasceu muito dessa minha experiência, e com a questão de entender como o corpo da criança funciona”.   O fato de ser chancelado pelo Instituto Nacional do Livro, que adquiriu a primeira edição, possibilitou que a obra chegasse a todo o país. “O livro teve muito sucesso, à época fui chamada a Curitiba para falar sobre ele, fui ao Sul de Minas, ao triângulo mineiro...”, enumera. “Observei que teve uma aceitação muito boa”. Com o tempo, Priscila “perdeu” o contato com a obra. “Isso acontece muito com o escritor, a editora teve alguns problemas, até tentei saber o que estava acontecendo... Depois mudou de dono, e, recentemente, fui procurada com a proposta da reedição”.   Não bastasse o texto de Priscila, outro chamariz são as ilustrações de Marcos Coelho Benjamim. “Não conhecia bem ele, mas sim o trabalho que fez para um livro sobre pesca no São Francisco. Mas, ao pedir a um amigo que me indicasse alguém, veio a sugestão de seu nome. E ele percebeu perfeitamente o que o texto queria dizer, e como interpretar figurativamente isso. Foi um casamento perfeito. Não fez nada acadêmico, criou imagens contemporâneas”.   Com o livro reeditado em mãos, Priscila imagina que o título possa ser adotado em escolas. “Algumas vêm ‘pressionando’ os alunos para a leitura, o que acho interessante, uma vez que muitas crianças, hoje, não têm estímulos assim em casa, ficam muito focadas em jogos eletrônicos – o que é uma pena, porque a literatura dá asas à imaginação”, reflete.

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