Quando uma situação triste gera um belo livro

Patrícia Cassese - Hoje em Dia
06/04/2015 às 08:09.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:31
 (Divulgação)

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Hurry amava a liberdade. E enquanto corria aqui e ali, observava as crianças – entre elas, Wattan, seu “menino favorito”. Problema é que o garoto em questão vivia triste – assim como seus companheiros. Bem, se tudo até aqui pareceu confuso, vamos tratar de explicar. O “Hurry” em questão é um burrinho, enquanto que Wattan, um garoto palestino. São eles o foco de “A História de Hurry, um Burrinho da Faixa de Gaza” (Autêntica Editora, texto de Emma Williams, ilustrações de Ibrahim Quraishi).

Se você assiste a telejornais, sabe que os meninos palestinos habitam, hoje, duas regiões, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. Ambas vivem assoladas por conflitos que parece não ter mais fim. O nosso herói vive na Faixa de Gaza, e, como os bombardeios por lá são “normais”, nada mais esperado que viva triste. E com medo. Hurry, o burrinho, não se conforma: ele acha que todo mundo tem o direito a uma infância tranquila, feliz. No que a gente concorda.

O animalzinho não se nega a oferecer seu lombo para que os meninos possam ao menos passear. Certo dia, Hurry e Wattan conhecem Sumood, uma menina que está a chorar. O motivo? Ela quer ir à escola. Correr por aí e brincar. Comer uma comida gostosa. E beber água.

Sim, coisas que, para nós, são cotidianas, podem ser inacessíveis em certas partes do mundo. Por isso, as lágrimas. Mas eis que entra em cena um quarto personagem, Moody, tratador do zoo. Ele não pode resolver todos os problemas, mas encontra uma solução criativa para, ao menos, minimizar uma vida tão árida. Detalhe: a história contada pelo livro é inspirada em fatos reais! Ao final do livro, está tudo lá, explicadinho. Nós, amamos. E nos comovemos.
 

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