Record estreia na próxima quarta-feira "José do Egito"

Estreia na próxima quarta-feira, às 21h30, na Record, a minissérie de 28 capítulos "José do Egito'', adaptação feita pela escritora Vivian de Oliveira de uma passagem da Bíblia. Apesar de ser um novo produto, esta é a quarta produção da emissora no segmento bíblico. Com um público fiel, "A História de Ester'' (2010), "Rei Davi'' e "Sansão e Dalila'' (ambas de 2011) registraram média de 12 pontos, segundo dados do Ibope. Agora, com cenas gravadas usando tecnologia de ponta do cinema e cenários como Egito, Israel e Atacama, no Chile, a esperança da emissora é que o bom desempenho se mantenha.

"Adaptei levando em conta o texto original, mas usando licença poética para criar e aprofundar conflitos e personagens. O maior desafio foi tentar contar uma história que se passa em 1.700 a.C., mas que, por meio de intrigas, amor e conflitos familiares, aproxime-se dos dias atuais'', comenta a escritora Vivian de Oliveira.

A história

A história de José -interpretado quando adolescente por Ricky Tavares e, adulto, por Ângelo Paes Leme- mostra um homem de Deus, íntegro e sonhador, mas sozinho no mundo. Maltratado pelos irmãos, é vendido por eles como escravo ao faraó Apopi (Leonardo Vieira), do Egito.

O motivo do desgosto familiar é uma habilidade de José -desacreditada por seus irmãos- de interpretar sonhos. Ele consegue, por meio desse dom, prever acontecimentos.

"Os irmãos acham José arrogante, já que ele se coloca como uma figura poderosa. Por inveja, ele quase será morto ao ser jogado dentro de um poço. Como não terão sucesso nessa ação, já que o homem sobreviverá, acharão melhor vendê-lo'', comenta Paes Leme.

A vida no Egito

No Egito, ele conhece Azenate (Anna Rita Cerqueira/Maytê Piragibe), por quem se encanta. Ela é filha de um sacerdote turrão, que jamais aturaria um romance entre a herdeira e um escravo estrangeiro. Assim, acabam namorando escondidos. Mas o relacionamento dura pouco. Não bastasse esse empecilho, a moça também é preparada para se tornar sacerdotisa.

Então, José vira servo de Potifar (Taumaturgo Ferreira), chefe do faraó. Nesse momento, começa a ficar amigo de todos, que se encantam com o seu dom de interpretar sonhos.

Após dez anos, José já se estabilizou na casa do faraó, que o tem como confidente, amigo e braço direito para tudo. Em um certo dia, ele é chamado para interpretar recorrentes pesadelos de Apopi. E, em uma dessas visões, descobre que o Egito passará por sete bons anos de muita fartura, mas que, depois disso, a região enfrentará um longo e difícil período de bastante fome.

Com isso, o faraó consagra José como governador do Egito, o que causará muita inveja e desentendimento entre seus discípulos, como Pentephres (Eduardo Lago). Não bastasse essa decepção, Pentephres também terá de aturar José como genro, já que Apopi concede a mão da bela Azenate ao estrangeiro. "Desse momento em diante, o faraó terá José como seu fiel escudeiro, um homem de total confiança. De escravo, ele conquistou tudo por sua bondade'', revela o ator Leonardo Vieira.

Caracterização

Além da dificuldade dos atores em interpretar personagens de antes de Cristo e de mergulhar fundo na concepção de uma história bíblica, eles também tiveram -e ainda têm, já que as gravações acabam só no mês que vem- de passar diariamente por quatro horas de caracterização.

Segundo Vavá Torres, maquiador e caracterizador da minissérie, como há repetidas passagens de tempo na trama, o processo de montagem de maquiagem demanda paciência.

"São cerca de quatro horas para alongar barba, cabelo, envelhecer a pele e colocar rugas no rosto. Mas o resultado é surpreendente'', garante.
Investimento de R$ 23 mi

Para essa produção, são quase 4.000 figurinos, 26 cenários, duas cidades cenográficas e câmeras de alta definição. O investimento da Record é de cerca de R$ 23 milhões.

De acordo com o diretor Alexandre Avancini, tudo vale a pena. Ele ainda adianta mais novidades estão por vir. "Até 2015, mais duas minisséries desse segmento serão gravadas. A primeira falará da história de Moisés. A segunda, de Jesus'', conclui.