Referência na América Latina, Sala Minas Gerais completa cinco anos com temporada de concertos

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
12/02/2020 às 08:36.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:36
 (Rafael Motta / Divulgação)

(Rafael Motta / Divulgação)

O momento é de comemoração e paciência. Comemoração pelos cinco anos da Sala Minas Gerais, que se tornou referência na América Latina e volta a receber, a partir de amanhã, os concertos da Filarmônica de Minas Gerais. E paciência porque a orquestra, que em 12 anos se tornou referência no país por sua excelência artística, passa por um momento difícil devido à situação fiscal do governo mineiro.

“Estamos num período de congelamento, passando por uma contenção de investimento severa. Esperamos por uma recuperação a médio prazo e que o Estado possa retomar o crescimento. Se estender por mais tempo, pode afetar o crescimento da Filarmônica”, analisa o maestro Fabio Mechetti, que é o diretor artístico e regente titular da orquestra.

A qualidade ainda não foi comprometida, apesar de o planejamento feito em 2015, quando a Sala Minas Gerais foi aberta, no Barro Preto, prever a gradual elevação do número de músicos até chegar a 104. Hoje são 90. 

“Não mantivemos a curva de crescimento. A ideia era investir mais nas cordas, mas a gente entende que, neste momento, não é possível”, assinala.

A temporada terá a mesma média de apresentações dos anos anteriores, com uma média de 33 concertos. O maestro também não abriu mão dos solistas internacionais, mas resolveu investir em novos nomes de destaque. “Logicamente, os grandes nomes têm um custo, além da questão da agenda, já que não conseguiríamos contratar com grande antecipação”, explica.

Entre os jovens talentos internacionais, estão a violoncelista israelense Danielle Akta e a pianista mexicana Daniela Liebman, que ainda nem completaram 18 anos. A temporada também contará com renomados regentes do exterior, como Leif Segerstam, Conrad van Alphen, Thomas Sanderling e JoAnn Falletta.

Haverá uma programação especial dedicada aos 250 anos do compositor Beethoven, com apresentação de cinco concertos para piano, com a participação de Arnaldo Cohen, e as nove sinfonias, além de aberturas. “Fidelio” ganhará uma “semi-encenação”. Como a Sala não tem fosso, a Filarmônica ficará mais no fundo do palco, com os cantores em primeiro plano. 

Serviço
Sinfonia nº 2 em dó menor, “Ressurreição”, de Gustav Mahler – Apresentação da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais amanhã e sexta, às 20h30, na Sala Minas Gerais (Rua Tenente Brito Melo, 1090), Ingressos: de R$ 50 a R$ 150 (R$ 25 a R$ 75, a meia).

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