(Divulgação)
Desde que lançou, há três anos, a música “Meu Rapjazz”, a paulista Tássia Reis, de 27 anos, vem despontando como um dos principais nomes femininos do rap nacional. E o público tende a se ampliar agora, quando a artista lança digitalmente o segundo disco, “Outra Espera”.
Aqui estão sete músicas em que ela mostra a potência de letras ora doces ora contundentes e uma voz marcante. O disco é cheio de misturas eletrônicas e orgânicas, com referências ao soul, ao jazz, a elementos psicodélicos.
Segundo Tássia, a intenção foi tratar das várias formas com que nos relacionamos com o mundo. “É um álbum que tem a ver com as conexões que a gente faz na vida. Estamos conectados à natureza e somos influenciados uns pelos outros”, afirma Tássia. “Trato, por exemplo, das limitações que a sociedade nos impõe e como acabamos aceitando isso por conta de um medo do desconhecido”.
Origem
Tássia é de Jacareí, no interior de São Paulo, e se mudou para a capital paulista aos 20 anos para estudar Moda com uma bolsa do ProUni. Dedicava-se à dança na época, mas não imaginava que as músicas que criava, ainda de forma tímida, acabariam se tornando prioridade na vida.
Aos poucos, foi mostrando as criações e recebendo elogios para a voz. Assim que o discurso empoderado apareceu na web, Tássia foi ganhando seguidores. Um destaque tão grande que a Avon a incluiu em um vídeo superdiferente, que contou ainda com Liniker e as vocalistas da banda As Bahias e a Cozinha Mineira. O vídeo foi feito na mesma época em que Karol Conká estrelou uma revista da marca.
“Nossos esforços (de cantoras negras) para ocupar espaços têm sido gigantescos há muito tempo, mas a diferença é que hoje temos a internet como aliada. Na internet não há intermediários nem gravadora para indicar o que é bom ou não. É assim que meu discurso chega às pessoas”.