Robert Plant cativa mineiros com hits do passado e novas experiências

Wallace Graciano - Hoje em Dia
27/03/2015 às 01:34.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:24
 (Luiz Costa)

(Luiz Costa)

A voz de Robert Plant continua impactante como outrora. Nesta quinta-feira (26), o ex-vocalista do Led Zeppelin encantou o público que lotou as dependências do Chevrollet Hall para ouvir uma releitura do quarteto britânico que ditou os rumos do rock nos anos 70. Com um repertório amadurecido, o “Deus Dourado” tocou durante pouco mais de uma hora e meia ao lado de seus companheiros do “Sensational Space Shifters” e mostrou que podem esperar muito dele no Lollapalooza, festival que se apresentará no próximo sábado, em São Paulo.   Em 2012, na primeira vez que pisou nas alterosas, Plant deixou questionamentos nos fãs de Led Zeppelin ao fazer releituras da banda britânica através de uma mistura um tanto incomum de Folk, Blues e Afrobeat. Desta vez, o eterno frontman do Led apresentou uma repertório bem mais convincente, sabendo dosar os sucessos da sua antiga banda com as novas músicas do álbum “Lullaby and... the ceaseless roar”, do SSS.    Quando subiu ao Palco, Plant nem parecia um senhor de 66 anos com madeixas grisalhas. Empolgado, convidou o público a participar da festa arriscando um “e aí, galera?”. Porém, se o português não era sua maior virtude, ele levou seus fãs ao êxtase soltando, logo de cara, uma versão (ainda mais) psicodélica de “Babe I'm gonna leave you”, um dos maiores sucessos do Led Zepellin.   O curioso é que não deixou cair a empolgação da plateia nem com suas novas canções. Um exemplo foi a doce “Rainbow”, do “Lullaby and... the ceaseless roar”, que carrega o folk que ele vem tanto buscando.     O ritmo foi mantido em "Black Dog”, que tinha uma nova pulsação se comparada à original. Para alegria do público, outros sucessos do passado vieram à tona, como “The Lemon Song”, “Going to California” e uma versão fulminante de “Whole lotta love”. Nesse momento, Plant mostrou sabedoria ao mostrar que as novas releituras do Zeppelin lhe davam espaços para recuperar o fôlego sem perder o compasso.    O gran finale veio com o bis de “Rock and Roll”, que resumiu bem o show: novas experiências, vocais potentes e um público nostálgico que não teve vergonha de soltar a voz, que àquela altura já estava rouca.   Se em 2012 Plant deixou dúvidas se conseguiria empolgar à frente da SSS, desta vez o “Deus Dourado” promoveu uma verdadeira catarse no público mineiro. Felizmente, neste caso, a primeira impressão não foi a que ficou.   St. Vicent esquenta o show de Plant   Pouco antes de Plant subir ao palco, uma mistura de rock e eletrônica “esquentou” o público no Chevrolet Hall. A cantora e guitarrista Annie Clark, mais conhecida como “St. Vicent”, conseguiu entreter o público mineiro com uma performance futurista.    Boa parte do repertório veio do álbum “St.Vicente”. Por sinal, o disco levou o Grammy de melhor álbum alternativo deste ano. O resultado, como podem imaginar, foi um público bem receptivo, mesmo com um estilo totalmente distinto ao de Plant.   

St. Vicent e sua quase "new wave' (Fotos: Luiz Costa)   Confira o setlist do show de Robert Plant Babe, I'm Gonna Leave You  (Led Zeppelin) Rainbow  Black Dog (Led Zeppelin) Embrace Another Fall  Going to California (Led Zeppelin) Little Maggie  The Lemon Song (Led Zeppelin) Nobody's Fault but Mine  What Is and What Should Never Be (Led Zeppelin) Spoonful  I Just Want to Make Love to You Whole Lotta Love  (Led Zeppelin) Who Do You Love  Rock and Roll (Led Zeppelin)

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