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Rodrigo Alzuguir até pensa em navegar por novos projetos, mas o trabalho desenvolvido em torno de Wilson Baptista cresce de tal maneira, que o artista não consegue largá-lo. O primeiro passo foi dado em 2010 com a estreia do musical “O Samba Carioca de Wilson Baptista”, que finalmente saiu do Rio de Janeiro e chega a Belo Horizonte neste fim de semana. Depois vieram um disco duplo – homônimo ao espetáculo, com participações de peso, como Zélia Duncan e Elza Soares –, a biografia “O Samba Foi sua Glória”, editada pela Casa da Palavra, e um songbook com 105 partituras. Outras novidades devem vir em breve. Rodrigo vai ser entrevistado para um curta-metragem sobre Baptista que está sendo realizado no Rio de Janeiro, além de colaborar com Omar Jubran para uma pesquisa que deve render uma caixa com gravações originais do sambista morto em 1968, aos 55 anos de idade. “O Jubran fez as caixas com músicas de Noel Rosa e Ary Barroso.eu a biografia do Wilson e ficou decidido a buscar os originais dele. Não será tarefa fácil, porque são cerca de 500 gravações”, adianta Rodrigo Alzuguir. O musical “O Samba Carioca de Wilson Baptista” passou por algumas adaptações depois de sua criação, de acordo com o tamanho do teatro para o qual era levado, mas o formato que vem a Belo Horizonte é bem próximo ao que era montado em seu início, tendo no palco apenas Alzuguir, a atriz Claudia Ventura e quatro instrumentistas. “Uma intenção do espetáculo é tentar buscar uma linguagem brasileira para o musical, porque muitas montagens seguem caminhos próximos da Broadway. O nosso diretor Sidney Cruz é um grande conhecedor das origens do nosso teatro, daqueles tempos de cabaré, teatro de revista e boemia carioca, e tenta levar esse clima para o nosso espetáculo”, explica Alzuguir. “O Samba Carioca de Wilson Baptista” no Teatro Marista Dom Silvério (av. Nossa Senhora do Carmo, 230). Neste sábado (17), às 21h, e neste domingo (18), às 19h. R$ 20 e R$ 10 (meia).