(Mirna Modulo / Divulgação)
Rosa Passos não gosta muito de repetir repertórios. Está sempre tirando e colocando músicas em suas listinhas. “Sou muito inquieta. Às vezes, na passagem de som, eu testo uma música nova e, se ficar bom, ela vai para o show. Assim, eu e os meus músicos não ficamos numa zona de conforto”, conta.
Essa atitude faz com que um registro ao vivo se torne ainda mais especial. A cantora lançou, pela Biscoito Fino, o disco “Rosa Passos Ao Vivo”, gravado no teatro Uama, em Carmelo, no Uruguai.
Segundo ela, a ideia de registrar essa apresentação, que fez parte de uma turnê pela América do Sul, partiu do engenheiro de som Fico Acosta. Foi um registro espontâneo, sem avisos para a plateia ou repetição de canções.
“Não foi nada combinado com o público. Quando vimos a qualidade do material, procuramos a gravadora, que gostou”, explica a artista baiana.
No repertório do novo trabalho estão composições de Tom Jobim, Gilberto Gil, Johnny Alf, Djavan, Caetano Veloso, Roberto Carlos e outros. São 14 faixas no total.
Superando
Rosa entende que tem toda essa liberdade de fazer shows bem diferentes e surpreender o público por conta de seu diálogo com o jazz. “Entendo que há artistas que cantam sempre as mesmas, mas não sou assim. Gosto de estar sempre me superando e aprendendo”, diz Rosa, que este ano participa das comemorações do centenário do jazz no Lincoln Center, em Nova York.