Rufo Herrera e Quinteto se apresentam neste domingo em BH

Depois de umas férias forçadas, Rufo Herrera e Quinteto Tempos voltam aos palcos. E desta vez para celebrar repertório do mestre argentino (Herrera). O espetáculo acontece na Sala Sergio Magnani, neste domingo (8), às 11 horas, como parte da série de concertos “Manhãs Musicais” da Fundação de Educação Artística (rua Gonçalves Dias, 320, Funcionários). A entrada é uma contribuição voluntária.   No concerto, integralmente com obras autorais, Rufo e Quinteto executam as inéditas “Suíte Austral” para bandoneón solo e “Mantras” para duo de bandoneons, além das duas outras composições para quinteto, casos de “Kósmitos” – gravada no segundo disco do quinteto – “Toda Música” e “Vagalume”.   Rufo Herrera conta que, após mais de 20 anos dedicados a outros compositores, resolveu investir em suas obras. “Nesta volta a gente está buscando uma outra linha, mais direcionada para minha obra. Isso porque trabalhamos muito nesses últimos anos priorizando outros autores (Piazzolla, Villa Lobos, Hermeto Pascoal)”, destaca Herrera, ressaltando que ficaram (ele e o quinteto) dois anos praticamente inativos. Nos 22 anos de atuação, o grupo trabalhou em duas frentes, a popularização e a formação de público para a música instrumental.   Outro fator para essa retomada na carreira, segundo Rufo Herrera, foi a utilização do bandoneón como instrumento de concerto. “Tem a ver com o instrumento bandoneón que quase foi extinto, mas ficou conhecido e foi salvo por Piazzolla na década de 1960. Há agora um renascimento do instrumento não só em Buenos Aires, onde estava abandonado, como na Europa e na Ásia. Agora, muitos jovens estão estudando o instrumento e pegando a forma não mais exclusiva de tango, mas como instrumento de concerto”, observa o maestro, que lembra que o bandoneón como instrumento de concerto foi iniciado pelas mãos do compatriota Alejando Barletta, na década de 1950.   Com a retomada, há fôlego de sobra no grupo. No próximo dia 19, eles se apresentam na 2ª edição do Festival Música de Outono, em Ouro Preto; no segundo semestre, turnê por outras capitais, e, em setembro, esticada no Teatro da Assembleia.