Samba encontra o rap em disco de Fabio Brazza

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
05/05/2014 às 09:11.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:26
 (Divulgação)

(Divulgação)

O futebol foi a motivação para o convite recebido da universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Mas, lá, Fabio percebeu que sua verdadeira vocação era a música, e é essa área que merece sua atenção. Assumiu o nome artístico de Fabio Brazza e, prestes a terminar a faculdade de Comunicação e voltar a morar em São Paulo, o artista de 24 anos coloca no mercado seu primeiro álbum, “Filhos da Pátria”, no qual mistura suas duas paixões: o samba e o rap.

O álbum possui dez músicas e duas skits (que são só as rimas do rap, sem a base). A participação especial fica por conta do rapper Chali 2na, integrante do clássico grupo de rap americano Jurassic 5, na faixa “Time to Love”.

Cinema, marias-chuteiras, Anderson Silva e problemas sociais são algumas das temáticas trabalhadas no álbum. Mas a principal tendência já mostrada no próprio título do trabalho, o patriotismo que Brazza passou a assumir depois que se mudou para os Estados Unidos.

“Acabei valorizando mais o Brasil, passei a me ver mais como brasileiro, com uma identidade definida, de quem tem intensa saudade de seu país”, conta Fabio Brazza, que cresceu no Jardim Europa, bairro nobre de São Paulo, mas sempre fez questão de trafegar por outros lugares da metrópole para interagir com sambistas e rappers.

Caminho

O samba apareceu primeiro na vida de Brazza. Cavaquinista, chegou a gravar dois EPs na adolescência dedicados ao gênero e levar suas composições para o tradicional Samba da Vela, realizado às segundas no bairro de Santo Amaro.

O rap surgiu por acaso, quando Brazza tinha 18 anos e foi levado por um amigo para a Batalha de Rimas do Metrô Santa Cruz. “Me tornei campeão na batalha e percebi que era bom nisso”, diz o artista. “Levei a um produtor as minhas composições de samba, tocando cavaquinho, mas ele gostou mesmo quando mostrei as minhas rimas de rap. Por isso tive a ideia de misturar as duas coisas nesse disco”.

Segundo ele, samba e rap podem ser combinados por serem cultura do gueto. “O samba me pegou pela simplicidade, alegria de viver, humildade. É onde acontece a comunhão de todas as classes. Já o rap me pegou pelo questionamento”.

O disco pode ser baixado no site www.fabiobrazza.com

© Copyright 2024Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por
Distribuido por