Samy Erick mostra seu talento na Sergio Magnani

Patrícia Cassese - Hoje em Dia
27/08/2014 às 08:39.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:57
 (Elcio Paraíso)

(Elcio Paraíso)

Quando escolheu “Berimbau” para a releitura prevista entre as três músicas que apresentaria no Prêmio BDMG Instrumental, em março, ao lado das duas autorais de praxe; o belo-horizontino Samy Erick nem imaginava que, entre o corpo de jurados, estaria ninguém menos que Marcel, o filho do “cara” que compôs a pérola, Baden Powell.

Sagrado, ao final, como um dos quatro vencedores da edição 2014, Samy respirou aliviado. “Fiquei com um friozinho na barriga sim. Pensei: ou ele vai adorar ou vai odiar. Mas parece que gostou”, diz um modesto Samy, que sobe nesta quinta-feira (28), a partir das 20h30, ao palco da Sala Sergio Magnani, da Fundação de Educação Artística (rua Gonçalves Dias, 320). A entrada é franca.

Sim, “Berimbau” estará no repertório, ao lado de um feixe de músicas autorais – pontuando que, apesar de já criar há algum tempo, Samy ainda está se acostumando com a tarja “compositor”.

“Não faço mais músicas por falta de tempo. Aliás, tenho vários rascunhos que pretendo terminar. Na verdade, sou meio detalhista, não tenho essa urgência, e acabo não me importando se (a composição) vai demorar alguns meses para ser concluída”, confidencia ele.

Pelo próprio ritmo da fala do rapaz, é quase inevitável reparar na tranquilidade que ele exala. “É verdade, gosto de apreciar as coisas, de fazer no meu tempo”, diz Erick, que, no show de logo mais, vai mesclar gêneros como choro, forró e bossa nova. “E a música afro-brasileira, que, nos últimos tempos, tem chamado a minha atenção. Mas são esses gêneros dentro da minha leitura, todas as composições têm um quê da minha personalidade. O choro é o meu jeito de fazer choro”, especifica.

Entre as músicas de sua lavra, ele conta que a primeira parte de “Outro Lugar”, por exemplo, ele compôs de supetão, ao acordar de madrugada, movido pela inspiração. Durante o dia veio a, digamos assim, parte B. Já com “Lampião e Maria Bonita”, Samy homenageia suas raízes nordestinas – a mãe é baiana, o pai, pernambucano –; mas com um quê de mineiridade.

Em tempo: Samy – cujo nome foi inventado pela mãe, também a responsável por exigir que o rebento, picado pelo bichinho da música aos 11 anos, cursasse a faculdade (Violão Clássico, pela UEMG, no caso) – vai exibir seu talento (e seus dreads) ao lado de Aloízio Horta (baixo), Breno Mendonça (sax), Gladston Vieira (bateria) e Wagner Souza (trompete), além do convidado Nailor Proveta.
 

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