Show plural "Elis por Eles" chega às lojas em DVD

Cinthya Oliveira - Do Hoje em Dia
21/01/2013 às 12:59.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:50
 (Dani Gurgel/Divulgação)

(Dani Gurgel/Divulgação)

Há muito tempo, Pedro Mariano vinha alimentando o desejo de montar um show com cantores interpretando o mesmo repertório de sua mãe, Elis Regina (1945-1982). Só se sentiu à vontade para dar continuidade à ideia quando, em 2009, foi procurado por uma série de produtores interessados em mandar um projeto para a Lei Rouanet.

Em agosto do ano passado, finalmente o plano foi colocado em prática: 13 nomes masculinos subiram ao palco do Teatro Positivo, em Curitiba, para lembrar a cantora. Não seria difícil imaginar que um projeto grandioso como esse renderia um DVD. Além da reprodução do show na íntegra (bem filmado e editado), o produto traz depoimentos dos artistas participantes, que ressaltam a influência de Elis Regina em sua trajetória.

Como em todo projeto musical de homenagem, as escolhas são as mais plurais: da dupla sertaneja Chitãozinho & Xororó (com "Como Nossos Pais") ao grupo Roupa Nova (cantando, a capela, "Casa no Campo"). Há ainda muitos cantores pop, como Moska, Lenine, Diogo Nogueira, Seu Jorge, Rogério Flausino, Filipe Catto e o próprio Pedro Mariano.

Contemporâneos de Elis, Jair Rodrigues (um dos melhores momentos do show, com "Upa Neguinho" e "Arrastão") e Emílio Santiago (com "Só Tinha de Ser com Você") participaram da apresentação. Cauby Peixoto não esteve no teatro, mas gravou em estúdio uma bela versão para "Dois pra Lá, Dois pra Cá".

Ampliação

O objetivo não foi apenas prestar uma homenagem a Elis. "Queria mostrar que não temos só cantoras, como todo mundo gosta de dizer. Temos muitos ótimos cantores, que não são lembrados por suas vozes por serem compositores ou por serem crooners de bandas", diz Pedro Mariano.

Obviamente, nenhum dos envolvidos no projeto teve a pretensão de fazer algo que soasse melhor do que o original. Por isso mesmo, os arranjos das 15 faixas foram bastante modificados.

"Todos são unânimes em pensar que as versões da Elis eram melhores. O principal motivo é porque ela não está mais aqui. Sempre vemos os mortos como pessoas que alcançaram a perfeição. O mito é inatingível", diz Mariano. "Quisemos fazer uma coisa que fosse terrena, acessível a todo mundo. Mesmo assim, queria que todos saíssem da zona de conforto ao cantar".

© Copyright 2024Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por
Distribuido por